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Nos expomos nas redes sociais. Mas a ostentação pode estar sendo exagerada. Para menos. Como no fenômeno do “bonespiration”, que glorifica corpos muito magros. E atrai, perigosamente, muitos likes.
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Os padrões de beleza idealizada orientam as indústrias da moda e publicidade.
Mas provocam efeitos colaterais na saúde física e mental de milhares de pessoas.
É claro que as redes sociais fazem parte do problema.
De maneiras que ainda buscamos compreender.
Um novo estudo nos apresenta o fenômeno do “bonespiration”.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Exeter (Inglaterra).
O nome significa algo como “inspiração dos ossos”.
O neologismo batiza a moda em que garotas compartilham imagens de seus corpos.
Corpos extremamente magros e com os ossos à mostra.
Closes e poses que tornem a ossatura mais protuberante ganham mais likes.
Especificamente na “saboneteira” (ao redor do pescoço), quadris, costelas e espinha de mulheres jovens.
As redes sociais investigadas foram Twitter e Instagram, onde estão milhares de perfis com o tema.
Delas, foram analisadas 730 posts.
26% mostraram ossos dos quadris, 23% para costelas e 22% para a “saboneteira”.
6% foram de imagens de espinhas dorsais.
Os pesquisadores apontam as redes sociais como nova ameaça, que substitui sites pro-anorexia.
O fenômeno tende a estimular desordens alimentares, numa forma de “contágio social”.
Ao influenciar na distorção com que enxergam seus próprios corpos.
O que acaba por alimentar o debate sobre controle e censura de conteúdos.
Certamente, uma luta infrutífera.
O temor é o de que banir estas imagens leve a criação de outras hashtags.
“Bonespiration” pode ser uma evolução agressiva de “thinspiration”.
Há pouco tempo, esta hashtag que já divulgava imagens de magras famosas.
“Anorexia e perda de peso excessiva é um problema de saúde pública com agravantes sociais”.
A explicação vem de uma das autoras, Dra. Catherine Talbot.
“Para abordar este contágio social precisamos saber as plataformas usadas para encorajar a magreza extrema”.
“Este comportamento pode prejudicar seriamente a saúde física e mental”.
Outra declaração da pesquisadora alenta com uma esperança.
“Adolescentes precisam ser educadas sobre a imagem positiva do corpo nas escolas e com isso criar resiliência”.
O estudo foi publicado no periódico Journal of Eating Disorders.
Para ver outros conteúdos sobre beleza idealizada – clique aqui.
Ossos à mostra: típica imagem de bonespiration
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