A copa além das quatro linhas

Se o futebol é uma caixinha de surpresas, a organização de uma Copa é uma caixa preta. Diante do que se vê, não há consolo nenhum em saber que já…

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Se o futebol é uma caixinha de surpresas, a organização de uma Copa é uma caixa preta. Diante do que se vê, não há consolo nenhum em saber que já foi muito pior. Mas livro do jornalista Edgardo Martolio nos mostra que, só em falar sobre o assunto, já podemos comemorar um golaço.

A proposta de classificar os protestos contra a Copa como atos terroristas, em tramitação no Senado em regime de urgência, já mostra o quanto o assunto pode ficar nebuloso. A transparência na relação entre futebol e política simplesmente não existe. O interesse é dos governantes, que usam o esporte para manipular, ou pelo menos tentar, a opinião pública. Por uma Copa do Mundo, ou pela manutenção do poder, vale tudo.

O livro “Glória Roubada: O Outro Lado das Copas”, do jornalista e editor Edgardo Martolio mostra que a história do futebol mundial vai muito além do que acontece nos gramados. Com coragem e clarividência, retrata como governantes de regimes totalitários influenciaram a história do futebol e das Copas do Mundo, às vezes por  vontades políticas, muitas outras por vaidades pessoais. Editado pela Figurati, o livro será lançado no dia 3 de junho com sessão de autógrafo na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, a partir das 19h.

Edgardo Martolio é diretor superintendente da revista Caras e um amigo querido. É com a sua conhecida dedicação e vasta experiência no jornalismo esportivo que nos presenteia com os bastidores das quase 20 Copas do Mundo. Sabemos que Edgardo poderá acrescentar muito mais depois, em uma segunda edição, ao final da Copa no Brasil. Esperemos preencher este próximo capítulo com um final um pouco mais otimista.

A copa além das quatro linhas

Um dos personagens do livro, o jogador da seleção do Haiti, Ernst Jean-Joseph, foi preso e torturado pela ditadura que dominava o país, simplesmente porque não passou no exame anti-dopping em 1974, único ano em que o Haiti participou de uma Copa.

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