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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Mas essa é para começar desde cedo, com os filhos. Associar pratos saudáveis às lembranças faz com que gostemos destes alimentos quando adultos, por ligações afetivas. O que acontece é que ficamos apegados à comida pelo coração.
Desde o início, toda celebração humana é feita com fartura.
Para comemorar uma caça, uma colheita, o Natal, aniversários, lá vamos nós para a mesa.
Todas estas memórias felizes nos influenciam para a vida toda.
O grandes escritor francês, Marcel Proust, dedicou a este sentimento uma de suas maiores obras, Em Busca do Tempo Perdido.
Ao comer um doce de que gostava quando criança, o narrador do livro diz: “Invadiu-me um prazer delicioso, isolado, sem noção de sua causa… Cessava de me sentir medíocre, contingente, mortal.”
A explicação é a de que o cérebro conecta estes alimentos à experiências bem-sucedidas.
É aí que mora o perigo.
Afinal, o que nos vêm à cabeça são os pratos mais calóricos.
Daqueles que, sob os olhares da família, repetir é até uma obrigação social.
Ou seja, já estamos “programados”.
Condenados?
Com este conhecimento, podemos reconhecer momentos emotivos como “gatilhos”, que podem conduzir a um desvio no regime, e assim fugir da “armadilha”.
Outra atitude é utilizar este mecanismo a nosso favor, com as crianças.
Seja por boas notas ou simplesmente para marcar um bom momento, é comum levarmos a garotada para uma lanchonete ou pizzaria.
Não estamos dizendo para programar o GPS para a roça.
Basta, nestes instantes que ficam na cabecinha deles para sempre, dar o exemplo.
Com esta atitude, alimentos excessivamente calóricos serão, para eles, apenas alimentos excessivamente calóricos.
Com isso, comidas assim não se tornarão uma “muleta emocional”, que pode ser ativada sempre que o futuro adulto estiver estressado – o que vai acontecer, e muito.
Quanto mais peso permitimos que as crianças ganhem, mais difícil será fazê-las perder quando adultos.
Ao invés deste legado, dê outros presentes e momentos, que possam ser lembrados no futuro com muita saúde.
Isso sim será inesquecível.
Quer ler mais sobre este assunto?
Recentemente, falamos sobre estudo que mostra que crianças que comem à mesa com a família reunida estão menos propensas a desenvolver problemas de peso no futuro.
Acesse aqui e boa leitura!
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