Com a falta de terras cultiváveis e a seca, a solução é plantar no mar. É isso mesmo. Plantações submersas já são realidade na Itália, e a tendência é indicada para regiões áridas próximas ao litoral e que sofrem com pragas.

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Em todo o mundo, vastas extensões de terra sofrem há décadas com o problema, agravado pelo aquecimento global.

Além das soluções convencionais, a criatividade tem sido empregada para mitigar a questão.

As melhores ideias surgem quando o pensamento “sai da caixa” – ou quando mergulha na água.

Este é o caso do chamado “Orto di Nemo” (“Jardim de Nemo”), um projeto que consiste no cultivo de pequenas plantações em estufas ancoradas no fundo do oceano, na baía de Noli, que fica na província italiana de Savona.

As estufas submersas utilizam um ambiente totalmente novo para a produção agrícola.

Tratam-se de redomas de vidro gigantes, presas a cerca de dez metros de profundidade, com temperatura constante a 26°C.

A condensação da água do mar nas paredes de vidro fornece umidade em um nível aproximado de 83%.

Outra vantagem é que o ambiente também apresenta altos níveis de dióxido de carbono, que aceleram o desenvolvimento dos vegetais.

Em fase experimental, o primeiro plantio foi feito com mudas de manjericão, alface, feijão e morango.

Espécies que podem se desenvolver bem por causa do alto nível da umidade, como os cogumelos, ainda serão testadas.

O preojeto tem como objetivo encontrar uma alternativa para as condições desfavoráveis para o plantio, como nos casos de falta de água, infertilidade dos solos, mudanças extremas de temperatura ou o ataque de pragas.

Estufas submersas mantêm umidade alta e temperatura constante

Manjericão, feijão, alface e morango formam o primeiro cultivo experimental

Confira a experiência em detalhes no vídeo a seguir – selecione legendas em português.