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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Tem quem ache que é ignorância. Tem quem ache que seja por que moram mal. Pois os preconceitos vão ao chão quando o peso sobe na balança. De um modo geral, quanto mais nos preocupamos com a alimentação saudável, mais engordamos.
Acreditamos que a maior parte das pessoas atingidas pela obesidade estão entre as menos economicamente favorecidas. Ou são menos esclarecidas. Ou moram longe. Por estes vários – e hipotéticos – motivos, não teriam acesso regular a frutas frescas e vegetais.
A chamada alimentação viva, mais cara, é menos calórica que os campeões do consumo, que são os carboidratos simples, a carne e a gordura adicionada aos alimentos processados. Também seria a escolha de pessoas mais inteligentes. Mas muitas das pessoas com sobrepeso não se encaixam neste maniqueísmo. Aliás, estudo da University of Illinois at Urbana-Champaign revela que, entre muitos casos, tem gente fazendo “jogo duplo” – e, por isso mesmo, engordando em dobro.
Analfabetos, semi-letrados, superior incompleto e superior completo: obesidade democrática
A pesquisa, assinada pelo economista Roland Sturm e o especialista em saúde pública, Ruopeng An, revela que aqueles que “comem bem”, acabam por fazer compensações perigosas. O paradoxo encontrado foi este: o consumo de vegetais aumenta na mesma proporção que a crise de obesidade global.
Assusta o pico de consumo de calorias entre 2000 e 2008
Contrariando preconceitos, a tentação atinge classes sociais e níveis de educação diversos. Hoje, os americanos comem em média 9 quilos a mais de vegetais e 9 de frutas por ano do que em 1970, por exemplo. Só que, no mesmo período, o aumento de consumo de calorias saltou das regulares 2.000 diárias para atuais 2.500.
Não escolhe CEP: longe ou perto das zonas produtoras de frutas e vegetais
Ou seja, diante destes fatos podemos intuir que a prevenção da obesidade não passa por consumir mais nutrientes, sejam eles de qualidade ou não. A fórmula certeira revelada é consumir menos e gastar mais. E você, também se “recompensa” talvez mais do que deveria?
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