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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Adoro a arte de Yayoi Kusama. E olha que não estou sozinha nesta preferência. Na capital carioca, foram registrados 750 mil visitantes na mostra que chega agora a São Paulo. Abra espaço na agenda e venha dar pinta nesta exposição.
O nome da exposição não poderia ser mais adequado. Aos 84, a japonesa Yayoi Kusama começou a pintar pontinhos desde os 10 anos de idade. Nos loucos anos 70, sua arte passou a ganhar força e visibilidade, quando morou em Nova York e se relacionou com figuras como Andy Warhol e Donald Judd. Com mais de seis décadas de carreira, a artista vive hoje, por escolha própria, em uma clínica psiquiátrica em Tóquio, onde produz suas obras.
É incrível como a obsessão de Yayoi conquistou o mundo. Desde as longas filas em suas exposições, como as do Rio e também em Buenos Aires, onde atraiu 250 mil visitantes (recorde do museu local Malba), as bolinhas foram parar até em coleção de bolsas da Louis Vuitton.
Em cartaz em São Paulo, a mostra foi produzida pelo Instituto Tomie Othake, com curadoria de Philip Larratt-Smith (do Malba – Fundación Constantini, Buenos Aires) e Frances Morris (curadora da retrospectiva de Kusama no Tate Modern, de Londres). Nela, podemos acompanhar um panorama com mais de cem obras, produzidas de 1949 a 2012, como a celebrada série “Dots Obsession” (em português, “obsessão por pontos”).
Para entender esta obsessão, bastam alguns segundos na exposição. São pinturas, trabalhos em papel, esculturas, vídeos, apresentação de slides e instalações que reproduzem bolinhas em profusão, como “O Campo de Falos” (foto acima), em que os visitantes percorrem uma sala repleta de espelhos e decorada com bolas vermelhas e brancas.
Local: Instituto Tomie Ohtake
Endereço: Av. Faria Lima, 201, São Paulo
Data: Até 27/07
Horário: De terça a domingo, das 11h às 20h
Estacionamento pago no local
O trabalho de Yayoi ganhou visibilidade nos loucos anos 70
Vitrine da Louis Vuitton e bolsas criadas por Yayoi
Ora, bolas: não é por outro motivo que a exposição de chama “Obsessão Infinita”
Instalação “Cheia de brilho da Vida”: lâmpadas que acendem e apagam em diferentes cores
Na “Sala de Obliteração”, os visitantes recebem uma cartela com pontos coloridos para colar no ambiente
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