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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Falta d’água nunca mais. Nos Estados Unidos está em teste uma máquina que retira o sal da água utilizando a energia solar. Se isso for possível, estamos salvos. Mas, até quando?
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Utilizamos o recurso mais precioso do planeta para lavar carros e calçadas, sem jamais pensar nas consequências.
Até que, na iminência de ficar sem água para sobreviver, passamos a ficar de olho nas soluções que cientistas de todo o mundo estão desenvolvendo para resolver a escassez.
Uma delas promete tratar a água salobra de aquíferos subterrâneos para retirar o sal e disponibilizar o resultado para irrigar plantações e matar a sede de milhões de pessoas.
E tudo isso utilizado apenas a energia do sol.
O projeto, desenvolvido pelo Laboratório de Engenharia e Pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT), começou em 2013.
Ao contrário das iniciativas tradicionais, o projeto do MIT foca em construir máquinas de dimensões e custos reduzidos, para resolver de imediato a carência de populações isoladas nos países mais castigados pela seca.
Aparentemente, os cientistas americanos estão no caminho certo.
Isso porque o projeto acaba de receber o Desal Prize, um prêmio dado pelos governos dos Estados Unidos, Suécia e Holanda em conjunto, que visa financiar iniciativas como esta.
O processo, chamado eletrodiálise, utiliza uma série de eletrodos e membranas para remover o sal. Painéis solares e células eletrovoltaicas providenciam a energia elétrica necessária. Na última etapa, luzes ultravioletas eliminam bactérias e micróbios.
Quando plenamente operacional, o sistema poderá abastecer vilas com até 5 mil habitantes, com um investimento de apenas 11 mil dólares (cerca de 33 mil reais).
Entretanto, sua utilização diretamente na água do mar ainda é uma utopia, pela quantidade de sal envolvida.
O sistema consegue dessanilizar concentrações de até 4 mil partes do mineral por milhão, o que representa 90% dos poços artesianos da Índia, por exemplo.
Mas a água do oceano apresenta 35 mil partes por milhão.
A boa notícia é constatar que pensar pequeno talvez seja a melhor solução para cuidar de um problema tão grande.
Projetos de menor escala, disseminados entre regiões de menor densidade populacional, parecem ter o poder de ajudar a mais pessoas que iniciativas megalômanas, que demandam investimentos indisponíveis.
O sistema de pequenas dimensões é planejado para fazer bem para mais pessoas
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