Previsão nada desejada. Em menos de 10 anos, 68% dos brasileiros vão estar acima do peso.

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A preocupação com a saúde e a forma física nunca estiveram tão em evidência.

Eis aí um paradoxo revelado por um novo estudo feito no Brasil.

O trabalho foi realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile.

Como resultado, o estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS revela um cenário temeroso.

Até 2030, a prevalência de excesso de peso pode chegar a 68%, ou seja, sete em cada 10 pessoas, e a de obesidade a 26%, ou um a cada quatro.

Os dados revelam que o risco associado de diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) é o mais preocupante.

O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT, em maior ou menor grau.

As DCNT podem ficar um longo período ocultas e afetam pessoas por muitos anos, podendo resultar em incapacidades funcionais.

São exemplos os males cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias e a diabetes mellitus.

Os números revelam um limite já ultrapassado e muito perigoso.

Ou seja, um futuro que precisa ser modificado já.

E as causas populacionais podem ser o motivo para incentivar  o controle do sobrepeso e da obesidade, governo incluído.

“O excesso de peso e obesidade vêm aumentando no mundo não por causas individuais, são as causas populacionais da obesidade que vêm mudando”.

A explicação é do coordenador do estudo, Leandro Rezende.

“A gente define como causa populacional um conjunto de mudanças especialmente no sistema alimentar que foram ocorrendo a partir da década de 1970″.

Mudanças que incluíram legislação, leis agrícolas, marketing e o processamento dos alimentos.

Segundo ele, são essas questões que tornaram a obesidade uma epidemia nacional.

Certamente esta é uma causa que começa perdida se encarada solitariamente.

Ao invés do âmbito individual, as causas da obesidade devem ser combatidas no âmbito populacional.

Foi assim que conseguimos sair de uma prevalência de 30%, 40% de tabagistas no Brasil para hoje menos de 10%.

Em termos de estratégia oficial, o Guia Alimentar para a População Brasileira pode ajudar.

Em linguagem simples, a obra incentiva práticas alimentares saudáveis e sustentáveis.

Veja um resumo das principais orientações

Prepare as refeições a partir de alimentos frescos

Use óleo, açúcar e sal com moderação

Limite o consumo de comidas e bebidas industrializados

Não se alimente à frente da TV ou computador para prestar atenção ao que está comendo

Prefira alimentos da época e produzidos localmente

Planeje com antecedência preparar e comer a refeição no seu tempo adequado

Seja crítico da propaganda comercial de produtos alimentares

Evite cadeias de fast food

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