Em sua inércia, as bonecas Barbie podem fazer algo mais que divertir, como provocar desordens alimentares em crianças. O ideal de beleza que projetam estão causando insatisfação com o corpo.

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Em 70 anos, ela se tornou um dos brinquedos mais emblemáticos do mundo, permitindo que as crianças recriem em casa o estilo de vida glamuroso em um mundo de faz-de-conta.

Mas um novo estudo mostrou que a Barbie pode deixar as meninas sentindo-se inadequadas sobre seus próprios corpos.

Nele, os pesquisadores da Pennsylvania State University (Estados Unidos) descobriram que meninas que brincaram com bonecas Barbie por apenas três minutos revelaram-se insatisfeitas com seus corpos.

As crianças tinham entre seis e oito anos de idade.

Segundo uma das autoras, a Dra. Kathleen Keller, as crianças demonstraram desejar ter os corpos representados pelas bonecas.

Isso sugere que a hora da brincadeira pode criar um contexto em que as bonecas representam o corpo culturalmente aceito.

Com isso, a diferença entre a forma que têm e a que desejam pode sugerir um futuro de transtornos alimentares para alcançar o corpo desejado.

No início deste ano, a Mattel, fabricante da Barbie, lançou três novos modelos da boneca, com uma “baixinha”, uma mais alta e outra mais “gordinha”.

O objetivo foi o de fugir das críticas que estudos como o apresentado fundamentam.

De acordo com a Dra. Keller, “brincar com bonecas que retratam de forma mais precisa o tamanho de uma mulher comum pode permitir que as crianças conformem-se com seus corpos”.

“Isso resulta em um relacionamento saudável entre tamanho real e ideal do corpo”.