O contrato da artiz Kate Winslet com a fabricante de cosméticos Lancôme prevê multa se, nos anúncios para a marca, for utilizado o software de manipulação de imagem nas suas fotos. Ela exige que sua beleza seja valorizada pelo que é. 

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Já sabemos como o programa de computação gráfica Photoshop funciona.

Com ele, a manipulação de imagens permite à publicidade e o showbiz divulgarem padrões inatingíveis de beleza.

Revoltada ao encontrar sua própria imagem distorcida em capas de revista, a atriz Kate Winslet resolveu posicionar-se a favor da beleza real.

Contratada como o rosto da Lancôme, seus novos anúncios deverão ser vistos livres de retoques.

Esta é a cláusula que mandou integrar o contrato firmado com a gigante dos cosméticos.

Sua intenção é ajudar a retratar mais realisticamente a beleza feminina.

A decisão vem acompanhada da esperança de que as novas estrelas sigam seu exemplo.

“Sei que elas olham as revistas”, declarou a atriz.

“Elas olham para as mulheres que são bem-sucedidas em suas carreiras e procuram pessoas em que possam espelhar-se, e eu sempre quero dizer a verdade sobre quem sou a essa geração, porque devem ter líderes fortes e autênticos”.

Hoje com 40 anos, Kate Winslet mantém a coerência com que administra a própria imagem.

Afinal, não é de hoje que ela luta contra retoques excessivos em suas fotos, veiculadas em anúncios e revistas.

Em 2003, ela tornou pública sua queixa contra a revista GQ, que manipulou a aparência de suas pernas.

Novamente em 2013, revoltou-se contra a Vogue, que modificou seu rosto em uma foto da capa.

O movimento ainda é pequeno, mas significativo.

Também a atriz Keira Knightley repudia o Photoshop.

São atitudes assim que nos enche de esperança de que seja possível às mulheres deixarem de sonhar em ser bonecas para aceitarem-se como são.

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