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Ainda não se sabe por que alguns conseguem comer apenas o quanto precisam e outros passam do ponto. Agora, pesquisadores descobriram a origem do desejo de consumir alimentos ricos em açúcar e gordura.
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Doces e pizzas são os mais procurados para saciar o apetite emocional.
Com o isolamento, ficamos sedentários e sem ter como queimar o excesso de calorias.
Como se sabe, o sobrepeso é um fator de risco para a Covid-19.
E se algo fosse feito na origem do apetite para nos salvar deste círculo vicioso?
Primeiro, é preciso saber por onde começar.
Um novo estudo do Instituto Max Planck de Pesquisa sobre Metabolismo (Alemanha) parece ter identificado a origem da gula.
No estudo com cobaias foram investigadas quais células nervosas controlam o excesso de alimentos ricos em energia e altamente calóricos.
Assim, os animais foram alimentados com uma dieta rica em gordura, e examinados posteriormente.
Apenas três dias foram suficientes para detectar o aumento da atividade dos neurônios da nociceptina em uma região específica do cérebro, o núcleo arqueado do cérebro, dentro do hipotálamo.
Posteriormente, os neurônios da nociceptina de camundongos foram removidos.
Como resultado, esses ratos não “consumiram demais” a dieta rica em gordura.
E a ingestão de alimentos normais não foi afetada.
“Ainda não se sabe por que algumas pessoas conseguem comer apenas o quanto precisam e outras não”.
A declaração é de um dos autores do estudo, Alexander Jais.
“Mas a atividade individual dos neurônios da nociceptina pode ser uma peça importante para o quebra-cabeça”.
A descoberta faz pensar que, portanto, suprimir a ativação destes neurônios poderia regular a saciedade.
E se converter numa arma contra a obesidade.
A atual pandemia de Covid-19 nos lembra que gordura corporal é um dos fatores de risco – leia mais aqui.
Por isso, um melhor entendimento do controle do sistema nervoso central sobre o apetite é oportuno.
Sabemos que comidas com muito açúcar e gordura, ou até os dois juntos, levantam qualquer astral.
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