Embora seja uma importante fonte de nutrientes, a ideia de que o leite é um alimento completo está sendo desacreditada por divulgação de estudos recentes. Afinal, o que está acontecendo?

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Com o objetivo de construir a confiança pública em seu poduto, os produtores de leite estão sempre financiando campanhas publicitárias que evidenciam seus benefícios nutricionais.

As recomendações oficiais seguem o discurso.

O Guia Alimentar Brasileiro recomenda que o consumo de leites e derivados seja de, pelo menos, três porções diárias.

Ao longo do ano, isso deve equivaler a 200 kg/pessoa/ano.

Ou 35 quilos a menos do que é consumido atualmente no país.

No meu método de cotas, recomendo você a servir-se de duas porções ao dia – consulte aqui.

Mas alguns estudos sobre potenciais efeitos negativos do consumo começam a sugerir um passo atrás diante do copo.

Ninguém nega o poder do leite em construir ossos e músculos mais fortes.

Entretanto, há quem ponha dúvida até neste entendimento.

O argumento é o de que, em países que consomem pouco ou nenhum leite e seus derivados (como na Ásia e alguns países africanos), as taxas de fraturas são 50% a 70% menores que nos Estados Unidos.

Somam-se a isso as revelações de um estudo da Universidade de Uppsala (Suécia), publicado em outubro de 2014 na revista científica British Medical Journal.

Analisando dados sobre fraturas e hábitos alimentares da população de seu país dos últimos 25 anos, o Dr. Karl Michaelsson encontrou evidente associação entre o alto consumo de leite e maior mortalidade para homens e mulheres.

E, ainda, sem redução do risco de fraturas.

Todas estas revelações servem não para acabar de uma vez com o leite.

A bebida segue sendo recomendada como essencial aos ossos e músculos.

O que acontece, avalia o nutricionista americano David Levitsky (Universidade de Cornell), é que não se acredita mais no alimento como o mais completo e perfeito do mundo.

Seja por intolerância à lactose ou como tentativa de mudar o cardápio e eliminar este problema, reduzir o consumo de leite pode ser uma alternativa.

Ainda bem que existem maneiras de não debilitar o prato, nem a saúde.

São as trocas vantajosas de que tanto falo.

Basta contar com o cálcio de fontes naturais.

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