Trabalho chato prejudica memória

Olhe ao redor e veja se algo ainda faz seu olho brilhar. Não? Então, está na hora de mudar este destino. Estudo revela como trabalho “chato” afeta o cérebro mais…

Tempo de leitura: 4 min.

Olhe ao redor e veja se algo ainda faz seu olho brilhar. Não? Então, está na hora de mudar este destino. Estudo revela como trabalho “chato” afeta o cérebro mais tarde na vida.

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Observar o vagar dos ponteiros do relógio é mais do que chato – pode estar roubando sua memória.

Em novo estudo, feito pela Universidade Estadual da Flórida (Estados Unidos), descobriu que a falta de estímulos no ambiente de trabalho pode ter efeito sobre a cognitividade.

E a ameaça aumenta se o ambiente for desarrumado.

A pesquisa analisou informações de 4.963 pessoas, com idades entre 32 e 84 anos.

Os cientistas avaliaram os ambientes de trabalho destes voluntários, que também foram testados sobre a capacidade de suas memórias em reter e usar informações.

Também foram avaliadas as habilidades individuais em completar tarefas, gerenciar o tempo e prestar atenção.

Estudos anteriores não definiram se um ambiente desorganizado e sujo (com exposição a mofo, barulho ou elementos químicos) poderia prejudicar o cérebro enquanto os trabalhadores envelheciam; ou se um ambiente desestimulante poderia ser a causa.

Segundo o líder do estudo, Dr. Joseph Grzywacz, existem coisas no ambiente de trabalho que modificam a função cognitiva do cérebro; e algumas delas não podemos enxergar.

A verdade é que ambas influenciam na saúde do cérebro e, consequentemente, da memória.

O contrário também acontece.

Quanto mais estimulante e desafiador o trabalho, melhor a performance cognitiva dos trabalhadores que envelhecem no cargo – especialmente para as mulheres.

O estudo ajuda a compreender o que é importante quando pensamos numa carreira a longo prazo.

“A questão prática aqui é o declínio cognitivo associado ao envelhecimento”, ressaltou o Dr. Grzywacz.

“Projetar postos de trabalho que garantam a todos os trabalhadores alguma tomada de decisão pode proteger sua função cognitiva mais tarde na vida”.

O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Occupational and Environmental Medicine.

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