Tá rindo de quê?

A evolução nos presenteou com a flexão de músculos faciais que expressa nosso estado alto astral. Por ser o riso tão universal e democrático, a pergunta que fica é a…

Tempo de leitura: 4 min.

A evolução nos presenteou com a flexão de músculos faciais que expressa nosso estado alto astral. Por ser o riso tão universal e democrático, a pergunta que fica é a mais básica: de onde vêm tanta graça?

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Estudos já provaram que rir faz bem para a saúde. Alguns afirmam que sorrimos ainda em gestação, e desde muito cedo entendemos seus significados. Por exemplo, com apenas 10 meses um bebê é capaz de simular um sorriso para um estranho, enquanto guarda uma genuína risada para sua mãe, mais tarde.

Para justificar sua existência, é preciso entender para que sorrimos. Um dos propósitos é claramente social. Afinal, nossos sorrisos mais genuínos acontecem quando compartilhamos; sejam bens, sejam gentilezas. Como está inserido no contexto social, muitas pessoas utilizam o ato de sorrir como uma manobra para influenciar situações.

Mas um sorriso falso nem sempre funciona como planejado. Isso porque esta é uma expressão muito difícil de simular.

Para nós, humanos, o sorriso genuíno consiste na flexão de dois músculos faciais, o zigomático maior, que leva os cantos da boca, e o orbicular das pálpebras, que circula os olhos. O primeiro conseguimos flexionar sem problemas. O segundo é involuntário, o que significa que só mesmo a emoção consegue mexer. É exatamente o que significa “sorrir com os olhos”.

O sorriso verdadeiro é chamado cientificamente de “sorriso Duchenne”. Esta é uma homenagem ao anatomista francês Guillaume Duchenne, que pela primeira vez descreveu com precisão o estímulo dos músculos faciais causados pela expressão das emoções. Da próxima vez que encontrar pela frente um autêntico Duchenne, corresponda. Você vai ver que vale a pena.

Tá rindo de quê?

Quando os olhos não participam, é fácil notar como um sorriso é falso

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