Gordura alimentar em debate

Agora, o entendimento é de que a gordura é benéfica à saúde. A sôfrega adesão ao anteriormente proibido parece precoce. Saiba o que concluiu a revisão mais abrangente sobre a…

Tempo de leitura: 6 min.

Agora, o entendimento é de que a gordura é benéfica à saúde. A sôfrega adesão ao anteriormente proibido parece precoce. Saiba o que concluiu a revisão mais abrangente sobre a gordura alimentar jamais publicada.

Leia mais:

Reeducação alimentar – Conheça o cardápio que mudou a minha vida
Meu método – Tudo que aprendi sobre emagrecer e viver bem

Quem antes comia com culpa agora parece sentir-se justiçado.

Mas é preciso prudência antes de embarcar em uma “nova” opinião alimentar.

É o que recomenda um estudo da American Heart Association (Estados Unidos).

Ele foi assinado pelo Dr. Frank Sacks, da Harvard T.H. Chan School of Public Health.

O trabalho esclarece como combater as gorduras alimentares, para controlar as doenças cardiovasculares, teve um terrível efeito colateral.

A estratégia, inadvertidamente, promoveu uma epidemia global de obesidade e diabetes tipo 2.

Afinal, qual a explicação?

Quando eliminam um nutriente, as pessoas geralmente o trocam por outra coisa.

O objetivo (inconsciente) é manter o aporte de calorias a que estão acostumadas.

Infelizmente, em muitos casos, as gorduras deram lugar a carboidratos e açúcares refinados.

Em outros, muitos se voltaram ao óleo de coco.

Na crença equivocada de que sua principal gordura saturada, o ácido láurico, possa melhorar a saúde.

As conclusões enganosas de que gorduras saturadas não oferecem risco resultaram, em grande parte, de estudos feitos de boa fé.

Mas não levaram em conta o que as pessoas comiam em seu lugar.

Vários dos estudos envolveram poucos participantes.

Ou não duraram o suficiente para chegar a uma conclusão cientificamente válida.

Para resumir, mantém-se o bom senso.

O reforço desta linha de pensamento vem dos estudos mais recentes.

Neles foi revelado que, quando 5% de calorias de gorduras saturadas foram substituídas por igual valor de gorduras poliinsaturadas, monoinsaturadas (como azeite) ou carboidratos integrais, o risco de doença coronária caiu.

25%, 15% e 9%, respectivamente.

Além disso, quando gorduras poliinsaturadas e monoinsaturadas substituem as saturadas, reduzem as taxas de mortalidade de câncer, demência e doenças pulmonares.

Bem como de doenças cardíacas e AVCs.

Para o Dr. Sacks, o conselho derivado da pesquisa é bastante direto.

“Devemos consumir poucas gorduras saturadas como manteiga, derivados lácteos integrais, gordura de carne e óleos de coco e de palma”.

“E substituí-los por óleos vegetais poliinsaturados – milho, soja, girassol, amendoim, nozes e uvas”.

“Também são saudáveis o óleo de canola e azeite, rico em monoinsaturados e poliinsaturados”.

Ele ainda descreveu a gordura láctea como “não ideal”.

Nem tão boa quanto as gorduras vegetais, mas não tão ruim quanto outras gorduras animais.

“Você não precisa abandonar o queijo, mas os lácteos devem ser limitados a uma porção, de um a três dias, não três porções por dia”.

Quanto ao óleo de coco, declarou: “É a gordura nutricional da moda, mas não provou ser saudável”.

Vamos por aí?

Se você busca o consenso para se decidir, desista.

Cada organismo é único e não há uma fórmula que funcione para todos.

O que existem são indícios apontados por estudos.

Para definir sem dúvidas o que é saudável para você, sugiro que consulte seu médico.

Este texto foi inspirado pela matéria divulgada pelo The New York Timesleia na íntegra aqui.

Gostou desse artigo? compartilhe
Você em primeiro lugar

Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.

Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.

Digite um endereço de e-mail válido.
COMPARTILHE ESTE POST
Instagram
YouTube
LinkedIn
Confira também