A educação precisa vir em primeiro lugar

Precisamos que nossas escolas formem profissionais aptos a lidar com a economia moderna. Leia a coluna de Luiz Carlos Trabuco Cappi publicada no Estadão. Leia mais: Ponto de partida –…

Tempo de leitura: 5 min.

Precisamos que nossas escolas formem profissionais aptos a lidar com a economia moderna. Leia a coluna de Luiz Carlos Trabuco Cappi publicada no Estadão.

Leia mais:

Ponto de partida – Desafios econômicos que devemos enfrentar
A distopia do novo anormal – Como será a vida pós-pandemia?

Esta é a segunda vez que abordo o tema da educação.

Quando tratei do assunto em novembro do ano passado, a pandemia aproximava-se do momento mais crítico, as escolas estavam fechadas e a educação se deu a distância, pela internet.

Num país marcado por desigualdades, como é o nosso, muitas crianças e jovens tiveram dificuldades para acompanhar as aulas remotas.

É algo cujas consequências só poderemos avaliar, em toda a sua extensão, daqui a algum tempo.

A pandemia arrefeceu e as aulas presenciais voltaram, mas a questão do ensino continua premente.

Entre todas as mudanças sociais e econômicas de que o Brasil necessita, uma educação melhor e mais inclusiva ocupa o primeiro lugar.

Não dar a ela caráter de urgência é deixar que o País se atrase.

Precisamos que nossas escolas formem profissionais aptos a lidar com a economia moderna, marcada por inovações, eficiência e empreendedorismo.

As empresas estão hoje sob o desafio da sua rápida transformação digital.

A educação de qualidade e acessível será o pilar para que as novas gerações estejam capacitadas a avaliar problemas e soluções.

E, principalmente, para formar pessoas que entendam as exigências contemporâneas, como o respeito ao meio ambiente, a diversidade, a redução das desigualdades, o exercício pleno de direitos e responsabilidades, além da ética em todos os aspectos da vida.

Além disso, que sirva para construir uma nação mais justa e mais harmônica.

Várias reformas econômicas estão em curso no Congresso.

Todas objetivam o progresso do País e merecem elogios.

Seria extraordinário se também a educação fosse contemplada com medidas estruturantes.

Reformas podem resolver questões fiscais, tributárias ou administrativas.

Mas, isoladamente, não serão capazes de promover um crescimento vigoroso e sustentável.

É preciso acrescentar nessa receita a formação de profissionais qualificados, e uma sociedade de pessoas que exerçam integralmente as potencialidades da cidadania.

Todos precisam colaborar para a educação.

Nessa perspectiva, faço menção aqui ao aniversário de 65 anos da Fundação Bradesco, criada em 1956 por Amador Aguiar, para oferecer educação gratuita e de alta qualidade a crianças e jovens carentes.

Hoje, o legado de Amador Aguiar é a maior rede de ensino privado gratuito do País.

Suas 40 escolas, localizadas nos 26 Estados e no Distrito Federal, educam anualmente mais de 40 mil alunos.

É demonstração viva de que, com energia e empenho, é possível realizar, renovar e consolidar sonhos.

Publicado originalmente em O Estado de S. Paulo.

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