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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Melhor que muita gente por aí. Pesquisa revela que começamos a ter empatia com robôs, em nível igual ao que temos com pessoas. A revelação impressiona pelo simples fato de reconhecer nosso relacionamento.
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Não há como escapar da antropomorfização da tecnologia.
O telefone e o GPS falam com você, não largamos mão de nossos gadgets e alguns dos personagens mais populares do cinema são robôs.
Com forma e vozes humanas, acabamos por nos relacionar com a tecnologia de uma outra forma, envolvendo as emoções.
É, parece que está rolando algo entre homens e máquinas.
No lugar da relação de submissão e domínio que a ficção costumou retratar, surgiu o amor.
A observação é do estudo feito em parceria entre a Universidade de Tecnologia de Toyohashi e a Universidade de Kyoto.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports, partiu de um pressuposto interessante.
Em um teste feito com 15 voluntários foi investigada se a reação de cada um a imagens de uma mão robótica sendo decepada seria a mesma ao observar uma mão humana passando pelo mesmo suplício.
Situações que claramente infligiram grande dor às pessoas, mas que causou no máximo um curto-circuito nos robôs.
Como todos estavam ligados a eletroencefalogramas, o resultado foi preciso.
E perturbador.
Os pesquisadores descobriram que, independentemente da mão mostrada ser humana ou robótica, a mesma região de cérebro dos voluntários foi ativada.
Trata-se da área de respostas neurais padrão, entre elas a empatia.
Empatia é a habilidade que temos de nos vermos naquela situação, passando pelas mesmas experiências.
A interatividade que temos com a tecnologia engaja partes do cérebro que estão envolvidas na inteligência social, ou a habilidade de interagir com outras pessoas.
Normal, este relacionamento não é.
Em encontro com a imprensa, Sherry Turkle, professora de estudos sociais da ciência e tecnologia no MIT (Estados Unidos) declarou que estamos chegando rapidamente a um ponto em que vamos preferir nos emocionar diante de máquinas.
Em detrimento ao que compartilhamos com humanos, ou animais de estimação.
A sedução dos robôs é diretamente proporcional a quanto desejamos de fato nos encontrar com amigos e familiares.
Um filme que aborda com maestria esta questão é Chappie, dirigido pelo sul-africano Neill Blomkamp.
Na obra, um cientista desenvolve um robô capaz de sentir emoções humanas.
Quando passa a pensar e aprender por conta própria, a máquina humaniza-se. E sofre as consequências.
Assista a seguir ao trailer deste emocionante filme– com legendas em português.
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