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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Comer menos carne é mais saudável – até para o planeta. Mas, como convencer alguém a mudar um hábito alimentar tão arraigado? Uma interessante pesquisa de marketing pode ajudar.
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As pessoas mudam a alimentação por muitos motivos.
Deixar de comer carne requer os melhores.
Afinal, é sempre difícil resistir ao apelo de um churrasco, por exemplo.
Pode-se apelas para a questão ambiental.
Isso porque a produção de carne vermelha requer uma enorme quantidade de água, terra e outros recursos.
E é responsável por uma quantidade significativa de emissões de gases de efeito estufa.
Mas, como fazer com que mais pessoas passem a comer menos carne?
Reajustando o foco.
A recomendação é de um estudo do Better Buying Lab, do World Resources Institute.
O objetivo não é fazer com que todos sejam vegetarianos ou veganos, o que é radical demais para muitos.
Basta escolher opções baseadas em plantas com mais frequência.
Exatamente porque, em uma competição, quem perde é a nutrição.
Afinal, sabemos para que lado a escolha se dá.
Segundo o estudo, a linguagem para carne e carne bovina em particular soa muito mais deliciosa.
E rótulos como “livre de carne”, “vegan” e “vegetariano” tendem a afastar consumidores.
Ante estes rótulos, “as pessoas não criam associações positivas com o gosto e não se sentem muito indulgentes”.
O trabalho resolveu então investigar como vender melhor alimentos sem carne.
Para isso, o Better Buying Lab se uniu a empresas de alimentos, como a rede americana Panera Bread.
A empresa tinha uma “sopa de feijão preto vegetariana” no cardápio, originalmente rotulada como baixo teor de gordura.
Os clientes que experimentaram a sopa pareciam gostar, mas o nome não encorajava novos clientes a experimentá-la.
Constatou-se que, para muitas pessoas, a palavra “vegetarianismo” não soa convidativa.
Então o prato foi rebatizado como “sopa de feijão-preto cubano”.
Em um teste em 18 lojas em Los Angeles e no Vale Central da Califórnia, as vendas subiram 13%.
O adjetivo “cubano” evocou aos consumidores um perfil de sabor.
“Eles pensam em um pouco de calor, um pouco de tempero e isso deixa as pessoas com fome”.
Outros testes em larga escala comprovaram os mesmos argumentos.
Em resumo, a solução recomendada à indústria de alimentos, e a quem queira convencer outra pessoa a comer melhor, é simples.
Concentre-se menos na ausência da carne ou na saúde dos alimentos à base de vegetais.
Esta racionalização tende a fazer com que os consumidores sintam que estão perdendo.
Ao invés disso, foque mais em seu sabor, paladar e proveniência.
Estes argumentos tornam a comida “atraente para o crítico de alimentos que temos dentro de todos nós”.
Outro argumento importante é que não precisa muito.
Se cada pessoa na Terra trocasse 30% da carne em favor de opções baseadas em vegetais, poderíamos alcançar metade das reduções das emissões de gases de efeito estufa da agricultura necessárias até 2050.
Começar aos poucos é a melhor estratégia.
Você pode, por exemplo, aderir à Segunda Sem Carne – saiba mais aqui.
E até fazer em casa alguma das especialidades de uma gastronomia inteira por descobrir.
Como a minha deliciosa lasanha de abobrinha – veja aqui a receita.
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