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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Sabe aquele assalto à geladeira de madrugada? Pode não ser a coisa mais inteligente a se fazer – literalmente. Estudo relaciona hábito com prejuízos ao cérebro.
A noite avança e, lá fora, ouve-se apenas os latidos dos cães. É hora de largar os snacks.
Inúmeras pesquisas anteriores já relacionaram os noturnos à geladeira com o desenvolvimento de obesidade e diabetes tipo 2.
Agora, segundo estudo do departamento de neurobiologia da Northwestern University (Estados Unidos), em parceria com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), comer tarde da noite pode prejudicar a capacidade de aprendizado e a memória.
A explicação está em nosso relógio biológico.
O chamado ciclo circadiano influencia quando dormimos, acordamos, comemos e até em que momentos do dia estamos mais fortes fisicamente.
O objetivo deste mecanismo interno é alinhar o relógio interno do corpo com o ritmo da vida no ambiente externo, que é regido pelas 24 horas do dia.
Originalmente acreditava-se que este sincronismo fosse controlado unicamente pelo núcleo supraquiasmático do cérebro, que é afetado pela luz natural do dia, captada pela retina.
Entretanto, outras regiões de nosso organismo foram relacionadas com este trabalho, como o hipocampo, região do cérebro responável pela memória.
Aparentemente, o hipocampo recebe outros estímulos além da iluminação.
Quando o relógio interno do corpo se desalinha do ambiente externo, como é o caso do jet lag, nosso corpo reage, com prejuízos nas funções cognitivas.
Os sintoma são falhas da memória e no aprendizado.
Com o mundo funcinando cada vez mais à noite, sob a luz artificial dos gadgets, todos os notívagos e insones incluem-se num perigoso grupo de risco.
E, assim, o horário em que fazemos as refeições entra nesta equação.
Experimentos com cobais alimentadas em horários controversos ao ciclo circadiano destes animais revelaram consequências no seu comportamento.
Alterações no hipocampo, fígado e nas glândulas adrenais foram registradas. E na chamada plasticidade sináptica do cérebro, com resultados ruins em testes cognitivos, também.
Isso significa que as funções da memória e do aprendizado foram afetadas pelo horário em que são ingeridos os alimentos.
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