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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Como fazer a oportunidade vir ao nosso encontro. Leia minha última coluna publicada na revista Veja.
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Há uma enorme distância entre perseguir e atrair algo.
Podemos sair em busca de um sonho ou criar condições ideais para que ele se realize.
Perseguir o objeto de um sonho é uma coisa.
Atraí-lo é outra.
É uma diferença tão sutil quanto fundamental, se damos a devida atenção à nossa qualidade de vida.
A distinção se aplica a qualquer sonho — um novo trabalho ou projeto de vida, uma viagem de aventura, a conquista de um amor.
Lançar setas em direção a tais alvos é como correr atrás da felicidade — uma receita para a frustração.
Afinal, ninguém consegue ser feliz quando se empenha nisso.
Acredito que, talvez devido a características de nossa formação, valorizamos demais a proatividade.
Sempre ouvimos que “se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha”.
Se o ditado popular for usado para combater a preguiça, então ele cumpre o seu papel educativo.
O perigo surge quando a tal montanha é não uma empreitada, mas uma aspiração.
Nesse caso, deslocar-se decididamente em direção a ela pode apenas expor nossas inseguranças.
Já a atração opera a partir de um outro pressuposto: o de que um aguçado estado de recepção é mais eficiente para chegarmos aonde queremos.
O segredo para atrairmos as oportunidades talvez seja desenvolver a plena confiança de que, mais dia, menos dia, elas virão ao nosso encontro.
Não há nada de místico nessa colocação.
Empresários argutos e políticos pragmáticos não desprezam essa dimensão nas mais importantes decisões.
Eles sabem que, para além de suas convicções, em geral é inútil remar contra a maré.
O melhor a fazer, uma vez esboçada a meta, é evitar a ansiedade e deixar a vida fluir.
Basta estarmos sempre atentos à nossa bússola interior para os resultados aparecerem, às vezes quando menos se espera, quase sempre sem angústias ou sofrimentos desnecessários.
Agindo assim, aumentamos a chance de pôr em marcha um círculo virtuoso, em que uma primeira conquista leva à seguinte, e assim por diante.
Pense, por exemplo, numa pessoa que queira emagrecer.
Ela poderá perseguir esse objetivo com afinco, dedicando-se à contagem das calorias dos alimentos, à análise dos rótulos de embalagens e à radicalização na exclusão de determinados itens do cardápio, por mais que agradem a seu paladar.
Em outras palavras, essa pessoa vai partir para um imenso sacrifício em nome daquilo que acredita ser um bem maior — a silhueta mais fina.
A estratégia alternativa para chegar ao mesmo fim é a da atração.
Em vez de se sujeitar ao sufoco de uma dieta maluca, com assaltos noturnos à geladeira, por que não cuidar da cabeça, aquietar a mente, buscar o equilíbrio corporal?
A perda do peso, desde que corresponda a uma vontade genuína, virá como consequência natural, sem que se tenha de abrir mão das alegrias de viver — o que inclui uma dieta saudável e deliciosa.
Publicado originalmente na revista Veja.
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