Contra a obesidade, toda ajuda é bem-vinda. Inclusive das bibliotecas. Por incrível que pareça, templos da leitura podem reconquistar importância em outra missão.

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Não é grande o apelo de uma biblioteca nos dias de hoje.

Mas estes espaços podem ganhar uma nova utilidade.

E ajudar as pessoas a adquirirem hábitos saudáveis.

É o que propõe um estudo da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Nele, as bibliotecas públicas podem fornecer apoio vital para pessoas em alto risco de saúde.

Entre os grupos que podem ser beneficiados estão imigrantes e pessoas que lidam com a falta de moradia, doenças mentais e histórico de uso de substâncias.

Para os cientistas, as bibliotecas podem oferecer programas específicos que, direta e indiretamente, melhoram a saúde, como aulas de capacitação.

Os bibliotecários também podem atuar como figuras de apoio, conectando as pessoas.

Segundo uma das autoras, Dra. Carolyn Cannuscio, “algumas pessoas podem argumentar que as bibliotecas são instituições irrelevantes na era digital”.

“Nosso trabalho mostra claramente que as bibliotecas são organizações vitais”.

“E também dinâmicas: conhecem bem seus clientes e respondem criativamente às necessidades da comunidade”.

A equipe do estudo entrevistou funcionários da Biblioteca da Filadélfia sobre os programas oferecidos e resultados obtidos.

Os programas oferecidos incluíam aulas sobre nutrição, liderança juvenil, obtenção de moradia, capacitação profissional, alfabetização e apoio aos idosos.

Em 2015, a Biblioteca da Filadélfia recebeu 5,8 milhões de visitas.

Destas pessoas, meio milhão participaram de programas ou aulas especializadas, destinadas a melhorar os fatores sociais que afetam a saúde.

As bibliotecas são ainda mais importantes nas pequenas cidades, onde o acesso à informação sobre saúde é mais restrito.

Nestes locais, nos Estados Unidos, as bibliotecas funcionam como o coração de suas comunidades.

Elas servem como valiosos centros comunitários que reúnem diversos grupos de pessoas e enriquecem vidas todos os dias.

“Na vida contemporânea, as bibliotecas servem a algumas das necessidades mais básicas do nosso país”.

“Onde mais pessoas de todas as idades, raças, etnias e necessidades podem se unir para compartilhar as recompensas do engajamento social e da aprendizagem ao longo da vida – e tudo de graça?”, pergunta a Dra. Carolyn.

A luta é grande e toda ajuda é possível.

Se vier das bibliotecas, que assim passam a ser importantes para novos públicos, ainda melhor.