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Gorda ou pesada? As palavras dirigidas a quem está acima do peso podem afetar tanto a ponto de comprometer a eficácia dos tratamentos. Estudo norueguês avalia o impacto desta comunicação.
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Como dizer a uma pessoa que ela está cima do peso e não ofendê-la?
Se para qualquer um esta é uma tarefa difícil, imagine para os profissionais da medicina, que não têm como dourar a pílula.
Segundo estudo , as mulheres são um pouco menos tolerantes nestes casos.
Isso se deve a maior tempo acima do peso, em muitos casos desde criança, o que as deixa cansadas do assunto.
Foram feitos testes com 157 voluntários.
Todos foram analisados quanto à sua reação a várias palavras usadas para descrever seu peso, em uma hipotética visita ao médico, se o assunto fosse a obesidade, abordada pela primeira vez.
Os pesquisadores descobriram que a palavra “obeso”, utilizada para descrever pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30, foi considerada ofensiva pela maioria.
Mas os voluntários admitiram que não existe resposta clara para a questão.
E nem quais termos, mais aceitáveis, deveriam ser usados pela classe médica.
O estudo chega no momento em que o mundo se encontra em meio a uma crise de obesidade de grandes proporções.
Cerca de 25% dos britânicos são obesos.
A expectativa é a de que este número chegue a 33% até 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, a taxa de obesidade é de 17,9%, segundo o Ministério da Saúde.
Ou seja, é muita gente que precisa ser conscientizada de sua situação.
Mas que, com o discurso equivocado, pode adotar um discurso de negação e abandonar o tratamento.
Os cientistas noruegueses investigaram se o desconforto diante de termos utilizados deveria fundamentar uma norma sobre a linguagem de profissionais da medicina.
Ao contrário do que você possa imaginar, a recomendação geral é do uso de palavras mais rudes.
Aparentemente, elas motivam uma mudança de atitude por parte do ouvinte.
Dizer a um paciente que ele está muito gordo pode encorajá-lo a perceber a seriedade de sua situação.
É preciso ser muito maduro para discenir a verdade comunicada por um profissional ao qual se foi recorrer de palavras proferidas no calor de discussões.
Ou como parte indissociável do discurso de ódio.
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