Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Existe um motivo inconsciente pelo qual tanta gente prefere não ver vegetais no prato. Estudo italiano revela como evolução nos faz preferir alimentos que não tenham a cor verde.
Salada colorida de quinoa – Toda receita com quinoa é bem-vinda
Top 5 saladas – A seleção oficial das mais curtidas do site
Quando você encontra uma pessoa no almoço e a vê pular a salada, perdoe.
Segundo estudo da Academia Internacional de Estudos Avançados de Trieste (Itália), a escolha não é inteiramente consciente.
Os cientistas descobriram que somos programados para preferir alimentos de cor vermelha, como as carnes, por exemplo.
E a gostar menos de alimentos verdes, como os vegetais.
As cores nos ajudam a decidir se o alimento é ou não seguro porque, literalmente, comemos primeiro com os olhos.
De acordo com uma das autoras, Dra. Raffaella Rumiati, herdamos esta preferência de nossos ancestrais.
Para garantir a sobrevivência, era preciso enxergar com precisão os alimentos seguros.
Como os poucos frutos vermelhos (berries), em meio a densa folhagem da floresta.
“Somos animais visuais, ao contrário dos demais, mais dependentes do faro”.
“E eficientes em distinguir o vermelho do verde”.
Em alimentos naturais, a cor é um bom indicador de seu conteúdo calórico.
Quão mais vermelho for um alimento não-processado, mais chances há de ser nutritivo.
Enquanto isso, quanto mais um alimento é verde, menos calorias têm.
O mesmo argumento cromático vale para alimentos crus ou cozidos.
“Os alimentos cozidos são sempre preferidos porque, em comparação com os alimentos naturais, há mais nutrição para a mesma quantidade”.
O sistema fazia sentido há milhões de anos, quando qualquer caloria extra virava reserva de gordura, necessária em períodos de escassez.
Hoje em dia, a escassez se resolve com um delivery.
E a gordura extra, que nosso corpo é programado para estocar, fica estocada.
Se o fator sedentarismo está claro nesta equação, há um outro complicador: a alimentação moderna e os alimentos altamente processados.
“Com os alimentos cozidos, no entanto, o domínio do vermelho sobre o verde já não fornece informações confiáveis”.
“Isso nos leva a acreditar que o cérebro não aplica a mesma regra para alimentos processados”, concluiu a Dra. Raffaella ao jornal Daily Mail.
Diante de tudo isso, o entendimento é que favorecer os vegetais na alimentação vai, de certa forma, contra nosso instinto.
Trata-se, portanto, de uma escolha altamente consciente e cerebral.
Um hábito que, ao ser formado, acaba por convencer o paladar de que vegetais são o que são: delícias altamente nutritivas e com poucas calorias.
O estudo foi publicado no periódico científico Scientific Reports.
Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.