Como as cores afetam a nutrição

Existe um motivo inconsciente pelo qual tanta gente prefere não ver vegetais no prato. Estudo italiano revela como evolução nos faz preferir alimentos que não tenham a cor verde. Leia…

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Existe um motivo inconsciente pelo qual tanta gente prefere não ver vegetais no prato. Estudo italiano revela como evolução nos faz preferir alimentos que não tenham a cor verde.

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Quando você encontra uma pessoa no almoço e a vê pular a salada, perdoe.

Segundo estudo da Academia Internacional de Estudos Avançados de Trieste (Itália), a escolha não é inteiramente consciente.

Os cientistas descobriram que somos programados para preferir alimentos de cor vermelha, como as carnes, por exemplo.

E a gostar menos de alimentos verdes, como os vegetais.

As cores nos ajudam a decidir se o alimento é ou não seguro porque, literalmente, comemos primeiro com os olhos.

De acordo com uma das autoras, Dra. Raffaella Rumiati, herdamos esta preferência de nossos ancestrais.

Para garantir a sobrevivência, era preciso enxergar com precisão os alimentos seguros.

Como os poucos frutos vermelhos (berries), em meio a densa folhagem da floresta.

“Somos animais visuais, ao contrário dos demais, mais dependentes do faro”.

“E eficientes em distinguir o vermelho do verde”.

Em alimentos naturais, a cor é um bom indicador de seu conteúdo calórico.

Quão mais vermelho for um alimento não-processado, mais chances há de ser nutritivo.

Enquanto isso, quanto mais um alimento é verde, menos calorias têm.

O mesmo argumento cromático vale para alimentos crus ou cozidos.

“Os alimentos cozidos são sempre preferidos porque, em comparação com os alimentos naturais, há mais nutrição para a mesma quantidade”.

O sistema fazia sentido há milhões de anos, quando qualquer caloria extra virava reserva de gordura, necessária em períodos de escassez.

Hoje em dia, a escassez se resolve com um delivery.

E a gordura extra, que nosso corpo é programado para estocar, fica estocada.

Se o fator sedentarismo está claro nesta equação, há um outro complicador: a alimentação moderna e os alimentos altamente processados.

“Com os alimentos cozidos, no entanto, o domínio do vermelho sobre o verde já não fornece informações confiáveis”.

“Isso nos leva a acreditar que o cérebro não aplica a mesma regra para alimentos processados”, concluiu a Dra. Raffaella ao jornal Daily Mail.

Diante de tudo isso, o entendimento é que favorecer os vegetais na alimentação vai, de certa forma, contra nosso instinto.

Trata-se, portanto, de uma escolha altamente consciente e cerebral.

Um hábito que, ao ser formado, acaba por convencer o paladar de que vegetais são o que são: delícias altamente nutritivas e com poucas calorias.

O estudo foi publicado no periódico científico Scientific Reports.

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