Confiando nas aparências

Os padrões estéticos influenciam não apenas na escolha de um vestido ou maquiagem. O julgamento que fazemos das aparências é inconsciente, mas poderoso. Estudo revela por que confiamos mais em…

Tempo de leitura: 4 min.

Os padrões estéticos influenciam não apenas na escolha de um vestido ou maquiagem. O julgamento que fazemos das aparências é inconsciente, mas poderoso. Estudo revela por que confiamos mais em pessoas consideradas bonitas.

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Desde crianças nos ensinam a não julgar uma pessoa por sua aparência.

Mas um time de pesquisadores chineses acredita que esta pode ser uma lição inútil, já que o julgamento é feito de modo inconsciente.

E não é formado, mas herdado.

Por este motivo, somos programados a confiar em pessoas consideradas bonitas.

Segundo estudo feito em parceria entre a Universidade Zhejiang Sci-Tech e Universidade de Wenzhou, as crianças interpretam a atratividade de uma pessoa como uma medida de confiança.

E esta impressão se consolida à medida em que envelhecem.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram o comportamento de 138 crianças, para investigar se desenvolvemos a primeira impressão a respeito de alguém baseado simplesmente em sua aparência.

Um grupo de adultos foi utilizado como grupo de controle.

Usando um software de geração de rostos chamado FaceGen, os pesquisadores geraram 200 rostos de homens e mulheres com expressão neutra.

Os participantes deveriam observar os rostos e atribuir uma nota para a atratividade e o nível de confiança que cada um inspirava.

O mesmo exercício foi feito um mês depois, para determinar a consistência das notas atribuídas.

Os pesquisadores conseguiram estabelecer uma conexão entre os rostos eleitos os mais confiáveis e os pontuados como mais atraentes.

E quanto mais velha era a criança, mais inclinada estava em confiar nos rostos mais bonitos e em repetir as notas atribuídas no segundo teste.

Isso significa que, quanto mais envelhecemos, mais acreditamos.

A verdade é que, ainda que conscientemente nos forcemos a evitar a influência da aparência das pessoas, confiamos mais em quem é bonito.

Pesquisas anteriores já revelaram como indivíduos menos atraentes têm dificuldade em serem contratados ou receber um aumento, e em serem considerados sensíveis e honestos.

Percepções distorcidas como estas contribuem para casos de desordens alimentares e depressão, reflexo da dificuldade em estar à altura dos padrões de beleza vigentes.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers of Psychology.

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