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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Em boca fechada não entram… calorias. Popular entre fisiculturistas, exercício AEJ (aeróbico em jejum) está na moda. Blogueiros e “celebridades fitness” espalham pela internet a prática que saiu das academias e conquista fãs desavisados. Afinal, do que se trata?
Se é para emagrecer, o interesse é grande. Tanto que, até dezembro, a busca por dietas de “jejum intermitente” no Google cresceu 230%. Para resumir, a teoria é de que devemos dormir com fome, para acordar com o “tanque” completamente seco. E, em seguida, sem nem uma bolacha sequer, malhar de 30 a 40 minutos de barriga vazia.
Segundo os praticantes, o AEJ se baseia na ideia de que, graças ao estoque baixo de carboidratos no corpo, o exercício feito em jejum utiliza a gordura que temos acumulada nas camadas profundas da pele e tecidos, como fonte principal de energia. Com o tempo, a pessoa sente menos fome, diminuindo a quantidade de alimentos ingeridos, trocando gordura extra por massa magra.
Entretanto, médicos e entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte alertam que, apesar de ser popular, e até mesmo praticado por culturas do Oriente, não há consenso sobre o assunto. A preocupação é a de que, sem acompanhamento, esta dieta pode levar à destrutrição. Segundo especialistas, se exercitar sem comer não compensa. Como a atividade tem que ser de baixa intensidade, o gasto calórico acaba sendo inexpressivo.
É preciso se informar. Recentemente foi lançado o livro “A dieta dos 2 dias”. Sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido, ele prega uma semana com dois dias em “quase jejum” (consumo de 500 calorias) para cinco de cardápio liberado. O volume está na cabeceira de celebridades como Gwyneth Paltrow, Jennifer Aniston e Jennifer Lopez. Fechar a boca é uma boa ideia, mas tudo em excesso (mesmo a falta) acaba sendo prejudicial.
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