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Quer outro bom motivo para cortar o consumo de doces, tortas, frituras e carnes processadas de sua dieta? O planeta Terra agradece.
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Para fazer a sua parte em favor do meio ambiente, não precisa de um engajamento de ativista.
Basta reduzir o consumo de doces, tortas, frituras e carnes processadas.
É o que recomenda um estudo da Universidade do Sul da Austrália.
Nele, foram revisadas 20 pesquisas anteriores sobre os impactos ambientais do consumo de alimentos na Austrália e na Nova Zelândia.
Segundo registros, as famílias destes dois países comem junk food do que o recomendado pelas diretrizes de saúde, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas à produção destes alimentos e outros impactos ambientais relacionados.
De acordo com o governo daquele país, a Austrália emitiu cerca de 510 toneladas métricas de dióxido de carbono, com emissões relacionadas a alimentos respondendo por 14,2% desse total.
Alimentos não essenciais ou “junk food”, que incluem bebidas adoçadas com açúcar, álcool, confeitaria e carnes processadas, representam entre 27% e 33% dos GEE relacionados com alimentos.
O relatório descobriu que o australiano médio produz o equivalente a 19,7 kg de dióxido de carbono por dia por meio de suas dietas.
Outro relatório de 2017 descobriu que o desperdício de alimentos compreende aproximadamente 6% do GEE da Austrália, considerando a água, energia e pesticidas usados na produção e embalagem de alimentos que acabam em aterros sanitários, onde libera ainda mais metano à medida que se decompõe.
Ao contrário da Nova Zelândia, as atuais Diretrizes Dietéticas Australianas não consideram os impactos ambientais dos alimentos e precisam ser atualizadas, dizem os pesquisadores.
Outros aspectos dos impactos ambientais incluem o uso da água na produção de alimentos.
Os irrigadores australianos absorvem oito milhões de megalitros de água a cada ano para cultivar, mas a maioria é exportada, o que torna difícil refletir com precisão a pegada hídrica do país.
É hora de reconhecermos melhor os impactos ambientais do tipo e da quantidade de alimentos que ingerimos, considerando o planeta e também a nossa saúde.
Em 2050, a população mundial está projetada para chegar a 10 bilhões de pessoas.
Não há como alimentar essa quantidade de pessoas, a menos que mudemos a maneira como comemos e produzimos alimentos.
Em todo o mundo, o consumo e a produção de alimentos respondem por um quarto do total das emissões globais de gases do efeito estufa.
Metade das terras habitáveis do mundo é usada para a agricultura, o que levou a uma perda de 60% da biodiversidade.
Além disso, estima-se que dois terços da água doce do mundo sejam usados para irrigação.
O estudo foi publicado na revista científica Current Nutrition Reports.
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