Dieta saudável até para o planeta

Quer outro bom motivo para cortar o consumo de doces, tortas, frituras e carnes processadas de sua dieta? O planeta Terra agradece. Leia mais: Clube das torradas congeladas – Veja…

Tempo de leitura: 5 min.

Quer outro bom motivo para cortar o consumo de doces, tortas, frituras e carnes processadas de sua dieta? O planeta Terra agradece.

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Para fazer a sua parte em favor do meio ambiente, não precisa de um engajamento de ativista.

Basta reduzir o consumo de doces, tortas, frituras e carnes processadas.

É o que recomenda um estudo da Universidade do Sul da Austrália.

Nele, foram revisadas 20 pesquisas anteriores sobre os impactos ambientais do consumo de alimentos na Austrália e na Nova Zelândia.

Segundo registros, as famílias destes dois países comem junk food do que o recomendado pelas diretrizes de saúde, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas à produção destes alimentos e outros impactos ambientais relacionados.

De acordo com o governo daquele país, a Austrália emitiu cerca de 510 toneladas métricas de dióxido de carbono, com emissões relacionadas a alimentos respondendo por 14,2% desse total.

Alimentos não essenciais ou “junk food”, que incluem bebidas adoçadas com açúcar, álcool, confeitaria e carnes processadas, representam entre 27% e 33% dos GEE relacionados com alimentos.

O relatório descobriu que o australiano médio produz o equivalente a 19,7 kg de dióxido de carbono por dia por meio de suas dietas.

Outro relatório de 2017 descobriu que o desperdício de alimentos compreende aproximadamente 6% do GEE da Austrália, considerando a água, energia e pesticidas usados na produção e embalagem de alimentos que acabam em aterros sanitários, onde libera ainda mais metano à medida que se decompõe.

Ao contrário da Nova Zelândia, as atuais Diretrizes Dietéticas Australianas não consideram os impactos ambientais dos alimentos e precisam ser atualizadas, dizem os pesquisadores.

Outros aspectos dos impactos ambientais incluem o uso da água na produção de alimentos.

Os irrigadores australianos absorvem oito milhões de megalitros de água a cada ano para cultivar, mas a maioria é exportada, o que torna difícil refletir com precisão a pegada hídrica do país.

É hora de reconhecermos melhor os impactos ambientais do tipo e da quantidade de alimentos que ingerimos, considerando o planeta e também a nossa saúde.

Em 2050, a população mundial está projetada para chegar a 10 bilhões de pessoas.

Não há como alimentar essa quantidade de pessoas, a menos que mudemos a maneira como comemos e produzimos alimentos.

Em todo o mundo, o consumo e a produção de alimentos respondem por um quarto do total das emissões globais de gases do efeito estufa.

Metade das terras habitáveis do mundo é usada para a agricultura, o que levou a uma perda de 60% da biodiversidade.

Além disso, estima-se que dois terços da água doce do mundo sejam usados para irrigação.

O estudo foi publicado na revista científica Current Nutrition Reports.

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