Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Fobia social é o transtorno de ansiedade mais comum do nosso tempo. Mas é incerta a eficácia dos tratamentos disponíveis. Agora, uma pesquisa sugere uma nova cura para o distúrbio de ansiedade.
App cura dor nas costas – E se a tecnologia ajudasse, só para variar?
O perigo do “junk sleep” – Na hora de desligar, desligue
Quanto mais conectados, mais sofremos com os efeitos colaterais.
Entre as eles está a ansiedade social.
Estima-se que 12% da população será afetada pelo problema em alguma fase de suas vidas.
Pessoas diagnosticadas com o problema sentem dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis.
Na vida real e nas redes sociais.
Até hoje, uma combinação de terapia e medicação era considerada a abordagem mais eficaz para tratar o distúrbio.
Aparentemente, o método funciona bem em pacientes com traços depressivos.
Mas tem o efeito oposto em indivíduos com transtornos de ansiedade sociais.
Agora, uma pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e da Universidade de Manchester (Inglaterra) sugere uma alternativa.
Dispensando a medicação, quase 85% dos participantes do estudo melhoraram ou curaram-se usando apenas a terapia cognitiva.
A notícia é bem-vinda.
Isso porque os fármacos receitados, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, provocam efeitos colaterais graves.
Entre eles, alterações de pressão arterial.
Sem falar que, ao invés de curar, a medicação tende a mascarar o problema.
Quando os pacientes tomam estes medicamentos por algum tempo e depois tentam reduzir a dose, sofrem com a abstinência.
E tremores, rubor e tontura em situações sociais tendem a retornar.
Assim, os pacientes acabam em um estado de ansiedade social aguda novamente.
Mesmo assim, os pacientes muitas vezes dependem mais da medicação e não colocam tanta importância na terapia.
A crença é de que as drogas vão resolver o problema.
Desta forma se tornam dependentes de uma cura externa, ao invés de colocarem-se como parte da solução.
A terapia cognitiva é um tratamento onde o terapeuta trabalha para fazer com que os pacientes aceitem seus temores.
O objetivo é encarar as situações desafiadoras e mudar o foco para o que queremos dizer e fazer nessas situações.
Em outras palavras: aceitar interiormente e focalizar-se externamente.
Segundo os cientistas, “estamos usando o que chamamos de terapia metacognitiva”.
“O que significa que trabalhamos com os pensamentos dos pacientes e suas reações e crenças sobre esses pensamentos”.
“Abordamos sua ruminação e preocupação sobre como eles respondem às situações sociais”.
Aprender a regular os processos de atenção e treinamento com tarefas mentais são novos elementos terapêuticos com enorme potencial para este grupo de pacientes.
Os pesquisadores agora esperam desenvolver um padrão, para que a terapia se torne acessível para um maior número de pessoas.
O estudo foi publicado no periódico científico Psychotherapy and Psychosomatics.
Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.