Fogo amigo

Durante a evolução, a luta em busca de alimentos programou nossos corpos a estocar gordura. Com a plena oferta atual, essa qualidade virou defeito. Mas outro “inimigo” revela-se ainda mais…

Tempo de leitura: 3 min.

Durante a evolução, a luta em busca de alimentos programou nossos corpos a estocar gordura. Com a plena oferta atual, essa qualidade virou defeito. Mas outro “inimigo” revela-se ainda mais perigoso. Porque estamos programados a gostar dele: o açúcar.

Em novo estudo do Instituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos, cientistas revelam que é o açúcar, e não a gordura, quem dispara mais estímulos em nosso cérebro para comermos além do necessário.

A pesquisa, publicada no American Journal of Clinical Nutrition, monitorou as atividades cerebrais de 100 crianças em escolas americanas. A elas foi servido milk shake de chocolate, com a mesma quantidade de calorias. Um grupo tomou a bebida com mais açúcar que gordura (proveniente do leite integral); para o outro, vice versa. Nos dois casos, os centros de prazer dos cérebros foi estimulado. A descoberta foi de que, para quem tomou a bebida mais açucarada, o estímulo foi mais forte, disparando também o “centro de recompensa”. Esta região do cérebro humano controla nosso desejo, e não a necessidade, por comida. Quanto mais estimulado, maior e mais incontrolável este desejo será.

Ou seja, as pessoas podem ter a maior força de vontade do mundo. Mas, se o cérebro joga contra, o jogo está perdido. Não podemos entregar os pontos. Mas é preciso atuar com inteligência. Afinal, no caminho de uma saúde melhor, a busca pela boa forma passa pela cabeça.

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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.

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