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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Demonizamos as frituras e, de modo automático, bloqueamos qualquer debate a respeito. Mas estudo aponta casos em que este método culinário é a melhor opção. Antes de protestar, saiba mais. E beneficie-se deste conhecimento.
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A questão é polêmica, mas isso não lhe garante imunidade.
Afinal, diante de consensos nos acostumamos a aceitar dogmas sem sequer questioná-los.
Entretanto, o valor do ser humano é exatamente duvidar do que é considerado uma verdade absoluta.
É assim que avança a ciência, a política e todos os aspectos de nossa cultura.
Não poderia ser diferente em relação à culinária.
Para derrubar um grande paradigma, um estudo alega que vegetais fritos em azeite tornam-se mais saudáveis que se forem cozidos.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Granada (Espanha).
O debate em torno dos métodos de preparo dos alimentos encontra vozes dissonantes em relação ao quanto são afetados os compostos fenólicos.
A pesquisa espanhola focou em testar as técnicas caseiras de cocção.
O objetivo foi determinar como afetam os elementos químicos antioxidantes presentes nos alimentos de origem vegetal.
Como algumas fontes de fenóis naturais temos frutas, chá, cerveja, azeite, chocolate ou cacau.
A lista segue: café, romãs, pipoca, erva-mate, frutas e bebidas à base de frutas (incluindo cidra, vinho e vinagre) e legumes.
Também constam ervas e especiarias, frutas secas, algas e azeite de oliva.
Nutricionalmente falando, eles podem exercer efeitos preventivos e/ou curativos, devido à sua ação antioxidante.
Durante o estudo, 120 gramas de vegetais em cubos foram preparados com três métodos culinários diferentes.
Eles foram fritos em azeite de oliva extravirgem, cozidos na água ou cozidos numa mistura de água e azeite extravirgem.
Os testes foram conduzidos com controle de fatores como umidade, teor de gordura, conteúdo fenólico e capacidade antioxidante.
O resultado foi encarado com surpresa.
Afinal, a fritura produziu maior número de fenóis naturais que o inofensivo cozimento.
“Ao comparar o total de fenóis dos vegetais, seus níveis aumentam ou diminuem, a depender do método culinário empregado”.
A declaração é de uma das autoras do trabalho, a professora Cristina Samaniego Sanchez.
“Com uma transferência de calor mais elevada, o azeite aumenta a quantidade de fenóis nos vegetais”.
A qualidade geral em termos nutricionais aumentou quando os vegetais foram fritos.
Isso porque foram “enriquecidos” com os fenóis do azeite.
“Concluímos que a fritura em azeite extravirgem foi a técnica mais associada ao aumento do nível de fenóis”.
A descoberta pode, portanto, ser considerada um aperfeiçoamento do processo culinário.
“Ainda que aumente a densidade calórica do alimento empregado, devido à quantidade de óleo absorvido”, concluiu a professora.
Ou seja, esta é uma verdadeira “pegadinha”.
Afinal, para fazer os vegetais ficarem ainda mais nutritivos é preciso torná-los mais calóricos.
Na prática, o que podemos utilizar deste conhecimento?
Se seu objetivo é fortalecer a saúde, considere saltear em azeite a vagem e a cenoura crua, por exemplo.
Entretanto, trate de aumentar a queima de calorias para compensar o acréscimo.
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