Gordura tem vida própria?

Sua barriga tem uma vida própria? Cientistas descobrem que tecido adiposo tem um ciclo circadiano (relógio interno) diferente do restante do corpo. Entender este mecanismo pode ajudar a desenvolver novas…

Tempo de leitura: 4 min.

Sua barriga tem uma vida própria? Cientistas descobrem que tecido adiposo tem um ciclo circadiano (relógio interno) diferente do restante do corpo. Entender este mecanismo pode ajudar a desenvolver novas terapias.

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Nos seres humanos, a tolerância à glicose varia com a hora do dia, mas como o mecanismo responsável pela sensibilidade à insulina oscila ao longo da jornada permanece incerto.

Um estudo do Brigham and Women’s Hospital (Estados Unidos) e da Universidade de Murcia (Espanha) investigou se o tecido adiposo humano (gordura) possui seu próprio ciclo circadiano, o que poderia influenciar na sensibilidade à insulina.

A sensibilidade à insulina mantém equilibrados os níveis de glicose no sangue.

A pesquisa analisou amostras de tecido adiposo visceral e subcutâneo de 18 pessoas que se submeteram à cirurgia bariátrica.

Ao observar as amostras, os pesquisadores descobriram que a gordura subcutânea tem um ritmo circadiano intrínseco à sensibilidade à insulina.

Na gordura sob a pele, a sensibilidade à insulina atingiu o seu máximo por volta do meio-dia, e foi mais que 50% mais elevada do que à meia-noite.

Curiosamente, estas variações não foram observadas na gordura visceral.

“Nosso estudo demonstra que o tecido adiposo subcutâneo tem um relógio interno que é capaz de regular a sensibilidade à insulina”, ressaltou um dos autores do estudo, Dr. Frank Scheer.

“Esta programação das células de gordura pode contribuir para o ritmo diário da tolerância à glicose observada em humanos”, completou a co-autora, Dra. Marta Garaulet.

“Nossos próximos passos estão focados em se vamos ou não pode influenciar o relógio circadiano intrínseco a este tecido e se essa influência pode mudar a sensibilidade à insulina”.

O estudo foi publicado no The Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology.

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