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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Eles estão na moda. E até podem ser melhores para o planeta, motivo da demanda e acirrada corrida comercial. Mas os hambúrgueres à base de plantas são bons para nossa saúde?
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De repente, os hambúrgueres à base de plantas estão em toda parte.
O apelo é claramente ambiental.
Para buscar consumidores, buscam imitar a forma e o sabor do produto original.
E assim poupar rebanhos de gado e sua consequência ambiental.
Dentre as opções populares estão o Impossible Burger, adotado globalmente pela rede Burger King.
No Brasil há o Futuro Burger – leia mais aqui.
A alternativa engana o paladar e alivia a consciência, mas resta uma dúvida.
Serão melhores para a saúde que os hambúrgueres de carne?
O Impossible Burger tem 240 Kcal e 8 g de gordura saturada, do óleo de coco.
Os dados foram divulgados em matéria da CNN Heatlh.
Em comparação, um hambúrguer com 80% de carne magra tem 280 Kcal e 9 g de gordura saturada.
Claro, há o bônus de que os hambúrgueres vegetais não contêm colesterol.
Mas, no geral, não faz muita diferença.
Seguindo nas comparações, um hambúrguer de peru tem 5 g de gordura saturada e 240 Kcal.
E um burger vegetariano à base de grãos que não tenta imitar carne tem apenas 160 Kcal.
E perto de zero de gordura saturada.
Contam, ainda seus ingredientes, como cogumelos, quinoa e arroz integral.
Para mim, estes sempre foram a melhor alternativa.
Desta categoria tenho várias receitas, como esta feita com abóbora – clique aqui.
O teor de proteínas dos hambúrgueres também é semelhante.
O Impossible Burger tem 19 gramas de proteína da soja.
Competidor no mercado americano, o Beyond Burger tem 20 g de proteína de ervilhas.
Os hambúrgueres de carne e peru têm entre 19 e 21 g de proteína, em média.
No quesito, burgers vegetarianos à base de grãos têm apenas 9 g de proteína.
Os hambúrgueres à base de plantas têm mais sódio.
O Impossible Burger apresenta 370 miligramas de sódio (o Beyond Burger tem 390 mg).
O hambúrguer de carne contém apenas 65 a 75 mg de sódio, em média.
E o hambúrguer de peru, de 95 a 115 mg.
Alerta: os discos processados feitos de grãos apresentaram mais de 400 mg de sódio.
Isso corre porque usam o sal como ingrediente.
Para compensar, burgers de grãos têm o dobro da fibra, se comparados aos hambúrgueres de “carne falsa”.
Penso que, se vamos comer uma versão de hambúrguer, não faz sentido buscar imitar seu sabor.
Melhor usar o preparo para explorar o sabor dos ingredientes.
Se for um hambúrger de beterraba, tem que ter o gosto da beterraba, junto ao de temperos usados.
E ainda faltou observar outra alternativa, a proteína vinda de insetos comestíveis.
Uma questão abordada pela cultura chinesa, e que tem o poder de salvar a alimentação.
Sobre o assunto escrevi na Folha de S. Paulo – leia aqui.
A categoria se expande, com o lançamento da “carne moída” à base de vegetais
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