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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Que quinoa, que nada! Grão ancestral de origem africana, o sorgo está conquistando os chefs e quem cuida da alimentação, seja pelo perfil nutricional ou pela textura que proporciona na boca.
Millet, o “novo” superalimento – Chegou a hora dos alimentos ancestrais
O menor grão do mundo – Conheça o pequeno notável “teff”
O posto de superalimento, que já esteve com a quinoa e passou pelo millet hoje cabe a um “novo” elemento.
Mas, por haver registro de seu consumo entre os povos primitivos, o estreante também faz parte dos chamados “grãos ancestrais”.
Mesmo sendo a quinta cultura do mundo, o sorgo passou despercebido até hoje das grandes cozinhas.
Ainda que um melaço extraído da planta esteja em receitas do Sul dos Estados Unidos, até recentemente seu uso mais conhecido era como alimento para o gado.
Mas a seca em países fornecedores de grãos fez voltarem os olhos ao mais resistente deles.
O sorgo caiu nas graças de uma nova geração de chefs, como Michelle Bernstein (Miami) e Marc
Forgione (Nova York).
Ao variar o cardápio, conquista pelo paladar e textura, que proporcionam prazer e saciedade.
Originário das planícies africanas, tem sido usado tanto para finalizar sobremesas como ser misturado a saladas ou figurar como estrela de “risotos sem arroz”.
Em um mundo de consumidores cada vez mais conscientes, um grão tão versátil e que ainda é gluten free, fácil de digerir e rico em antioxidantes, vitaminas e proteína ganhou os holofotes.
Ainda por cima, é ambientalmente amigável.
Um acre de sorgo utiliza 30% menos água que o milho, e menos fertilizantes também.
A rede americana de restaurantes Hugo’s não apenas colocou o grão em todos os pratos que levavam arroz como divulga manifesto a favor de seu uso nos menus.
“Apresentamos o sorgo: tolerante à seca e com baixo uso de água, é o verdadeiro grão maravilha”.
As palavras, de Tom Kaplan, co-proprietário e fundador da rede, visam influenciar os clientes a aceitarem a alternativa por motivos ecológicos, já que pode poupar milhões de litros de água.
Outro apelo a favor é seu preço.
Ainda que o sucesso faça com que seu valor dobre ou até triplique, ainda será muito mais em conta que a quinoa, por exemplo.
A expectativa é a de que o preço até suba, o que motivaria mais agricultores a plantar o sorgo, tornando a alternativa mais acessível.
Salada feita com sorgo e maçã
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