Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Assaltar a geladeira à noite não faz mal apenas para a cintura e até os dentes. Estudo revela que o hábito, que bagunça o relógio interno do corpo, afeta também o cérebro e apaga as memórias.
É hora de acordar – Aulas mais tarde melhoram desempenho de alunos
Bêbada de sono – Dormir menos equivale a tomar seis latas de cerveja
Já se sabia que o assalto à geladeira aumenta o açúcar no sangue, o que pode levar a diabetes e problemas no coração.
A partir daí, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Estados Unidos) resolveram investigar os efeitos no cérebro.
A descoberta veio da observação de cobaias.
Os ratos de laboratórios são animais noturnos e alimentam-se normalmente à noite.
Para o estudo, metade das cobaias manteve sua rotina normal, enquanto a outra foi alimentada durante o dia.
Todas fizeram um exercício na gaiola e receberam um choque elétrico.
As que foram alimentadas durante o dia, fora de suas rotinas, foram menos capazes de lembrar terem recebido um choque.
E por isso voltaram a falhar no exercício, sendo punidas outras vezes.
Colocar o corpo para digerir alimentos quando ele deveria estar dormindo afeta o hipocampo, parte do cérebro onde são formadas as memórias.
Aparentemente, a ruptura do nosso ciclo circadiano reduz os níveis de uma proteína chamada CREB, considerada chave para o relógio interno e a habilidade do cérebro de formar memórias.
A autora do estudo, Dra. Dawn Loh, declarou: “produzimos a primeira prova que a regularidade nas refeições tem efeito nos processos de aprendizado e memória”.
“Como a sociedade atual não nos permite regularidade para comer na hora certa, é importante saber que comer quando deveríamos estar dormindo afeta o cérebro”, completa.
“Pela primeira vez, mostramos que simplesmente ajustar o horário quando a comida está disponível altera o relógio molecular no hipocampo e pode alterar a performance cognitiva em cobaias”.
Ela salienta, entretanto, que a descoberta ainda não foi comprovada em testes com humanos.
Mas sinaliza precaução para quem trabalha em turnos ou fica acordado até tarde.
Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.