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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Em invernos passados, ele esteve na moda por espantar o frio e alimentar (sim, é inverno no Hemisfério Norte). Agora, o brodo de sempre ganha novos poderes.
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Shots de brodo – Minha versão para o caldo de ossos
O brodo é um alimento ancestral.
Mas, por algum motivo, 2015 foi o ano em que brilhou na cena gastronômica.
Depois de um tempo sumido, o caldo feito com ossos de gado ou frangos está de volta às manchetes.
O motivo é um estudo de institutos espanhóis e irlandês.
O trabalho se concentrou nos peptídeos que osso e tecido conjuntivo produzem quando se decompõem.
Desta forma, os peptídeos podem ter propriedades muito diferentes das proteínas originais.
E poderiam bloquear enzimas conhecidas por estarem envolvidas em doenças cardíacas.
Entre elas, a enzima conversora de angiotensina 1 (ECA1), enzima conversora de endotelina (ECE), dipeptidil peptidase-4 (DPP-4).
E o fator ativador de plaquetas acetil-hidrolase (PAF-AH).
Todas estas enzimas regulam aspectos do sistema cardiovascular.
Sua inibição resulta na redução da pressão arterial e no alívio de distúrbios.
Incluindo diabetes tipo 2, obesidade, aterosclerose e doenças inflamatórias.
Obter estes peptídeos a partir de alimentos pode ajudar pessoas com risco elevado de desenvolver essas condições.
Especificamente, peptídeos derivados da hemoglobina e do colágeno poderiam bloquear as enzimas relacionadas à doença cardíaca.
Mesmo após o cozimento e a digestão.
Nas palavras do estudo, “ossos usados em ensopados e caldos podem ter um impacto positivo na saúde cardiovascular”.
“E uma possível redução da pressão alta para os consumidores”.
No entanto, medir os peptídeos sob condições de laboratório não é o mesmo que avaliar seu impacto no corpo.
Para isso, mais trabalho será necessário antes que se possam confirmar os benefícios do brodo.
A descoberta pode, isso sim, reaquecer a popularidade do caldo de ossos.
O provável, entretanto, é que a moda esfrie até cheguem as evidências conclusivas.
O estudo foi publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.
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