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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
A vida inteira ouvimos falar de “bom” colesterol e “mau” colesterol. E que é preciso ter mais de um e menos de outro. Entretanto, novos estudos estão mudando esse conceito.
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Durante décadas, fomos informados de que há o “bom” colesterol e o “mau” colesterol.
O tipo “mau”, conhecido como LDL, é responsável por danificar as paredes dos vasos sanguíneos e contribui para o acúmulo de depósitos de gordura, conhecidos como placas, o que aumenta o risco de ataque cardíaco ou derrame.
Já o tipo “bom”, o HDL, faz o oposto – eliminando o colesterol nas placas e levando-o de volta ao fígado, onde é processado e removido do corpo.
Pesquisas anteriores sugeriram que ter HDL alto reduz o risco cardíaco, enquanto níveis muito baixos levam a problemas de saúde.
Porém, novos estudos sugerem que, após um certo ponto, níveis muito altos de HDL se tornam prejudiciais.
E levam a um risco cardíacos que deveriam prevenir.
É o que revela pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Emory (Estados Unidos).
Por que isso acontece não está claro e a pesquisa está em andamento.
De fato, existem diferentes tipos de HDL, que variam em tamanho e estrutura.
Alguns podem ser benéficos, enquanto outros são menos ou até prejudiciais.
Também pode haver diferentes idades nas quais diferentes tipos de HDL são mais ou menos benéficos – como durante a menopausa, com todas as alterações hormonais que ocorrem.
A genética também desempenha um papel: a sensibilidade individual e o limiar de colesterol pessoal significa que o HDL alto para uma pessoa pode ser totalmente normal para outra.
“Tradicionalmente, os médicos dizem a seus pacientes que quanto maior o seu colesterol ‘bom’, melhor. No entanto, os resultados deste estudo e outros sugerem que isso pode não ser mais o caso”.
A explicação é do cardiologista Marc Allard-Ratick, que liderou o estudo.
“Uma coisa é clara: precisamos parar de dizer aos pacientes que quanto mais, melhor quando se trata de HDL, porque há um limite”.
A confirmação vem do professor Kausik Ray, especialista em colesterol no Imperial College London (Inglaterra).
O estudo foi apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia.
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