Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Não temos tempo a perder. E isso não é letra de música. Para otimizar o tempo e acabar com a opressão do ambiente de trabalho, reuniões não podem levar mais que 30 minutos, entre outras mudanças culturais. A lição vem de executivos da Coreia do Sul.
O mecanismo do estesse – Veja o que acontece no corpo quando a mente está em curto
Ideias contra o estresse – Desarme o risco de esquentar a cabeça antes que aconteça
Reuniões que não durarem mais do que 30 minutos; estagiários com permissão para falar livremente com os superiores; um corte no bônus dos patrões cujas equipes não tiram férias suficientes.
Estas são algumas das regras de trabalho que vigoram na Coreia do Sul.
Trata-se de uma nova era nas relações do trabalho naquele país, que segue a cultura conservadora do chaebol, inspirado no modelo japonês dos conglomerados familiares rigidamente controlados por figuras patriarcais.
O chaebol combinou com a rápida industrialização do país, a partir dos anos 1960, depois de uma guerra devastadora que cimentou a divisão da península coreana.
Por este motivo, a disciplina militar infiltrou nas empresas e na construção dos relacionamentos.
No entanto, as empresas coreanas estão percebendo que, para manter o ritmo de seu sucesso, inclusive no exterior, é preciso uma revisão da cultura de trabalho.
Isso vem com a percepção de que os funcionários mais jovens estão cada vez mais globalizados, e menos dispostos a sacrificar sua vida para a sua família corporativa.
A transição surpreende, já que os costumes chaebol são muito arraigados, como o fato de que encerrar o expediente antes dos patrões é encarado como uma traição.
Saem os valores japoneses, como emprego vitalício, gerenciamento hierárquico e política salarial que favorece os funcionários mais antigos e entram o senso de fraternidade e pertencimento, responsáveis pelas conquistas da economia do país.
Aumentos dos salários passaram a ser concedidos pelos resultados alcançados e elevadores exclusivos para a diretoria são coisa do passado.
É claro que muito ainda precisa ser feito, mas as mudanças em um sistema tão rígido são louváveis.
O ingresso no mundo corporativo, garantido apenas para egressos das universidades, já permite candidatos sem diploma que demonstrem capacidade de trabalho.
A Samsung reformulou o Samsung Aptitude Test, uma espécie de vestibular para candidatos a emprego que abrange linguagem, matemática, habilidades de raciocínio, conhecimentos gerais e habilidades espaciais. A partir deste ano, passam a valer para a seleção redação, entrevistas e experiência prática.
Esta flexibilização faz-se mais que necessária.
Em 2018, a população em idade de trabalho da Coréia do Sul começará a declinar.
Por este motivo, as empresas deverão competir pelos trabalhadores e, portanto, precisam repensar seus preconceitos contra as mulheres, os estrangeiros e aqueles com uma educação pouco convencional.
A tradicional cultura de trabalho do país ajudou a atingir a prosperidade.
Agora, ele deve mudar para atrair o talento que precisa.
Por aqui, vemos que muitas das práticas orientais de gerenciamento, que serviram de exemplo para o mundo por muito tempo, ainda valem.
Devemos experimentar também uma mudança que permita ao país adaptar nossas empresas a uma nova competitividade global.
É bom observar o que os países mais desenvolvidos estão fazendo, para não ficarmos (mais) para trás neste assunto.
Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.