O peso do sono fora de hora

Sempre com sono? Segundo estudo do Penn State College of Medicine, o problema (chamado hipersonia) pode não ser horas a menos na cama, mas peso a mais na cintura. Leia…

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Sempre com sono? Segundo estudo do Penn State College of Medicine, o problema (chamado hipersonia) pode não ser horas a menos na cama, mas peso a mais na cintura.

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A hipersonia, ou a necessidade que algumas pessoas sentem de dormir em plena luz do dia, afeta cerca de 30% da população. Em muitos casos, não há sesta nem sonecas breves que deem jeito.

Seja nos estudos ou no trabalho, esta sonolência fora de hora traz consequências. Para motoristas ou profissionais que operam maquinário pesado, o problema é grave – e pode ser fatal.

Segundo estudo da Escola de Medicina da Universidade Penn State (Estados Unidos), obesidade e depressão, e não a falta de uma noite bem dormida, podem ser a causa.

Daí, já sabemos que sono desregulado mexe com o nosso relógio interno, o que bagunça o metabolismo e pode provocar ganho de peso.

Ou seja, trata-se de um ciclo vicioso em que causa e consequência se confundem nos números da balança.

A pesquisa observou mais de 1.300 voluntários, ao longo de sete anos e meio.

Todos foram submetidos a exames físicos e preencheram questionários sobre seus hábitos noturnos e bem-estar.

Em intervalos regulares de tempo, os cientistas fizeram um acompanhamento à distância sobre a saúde e os padrões de sono destas pessoas.

A conclusão foi a de que ganhar peso ou ser considerado obeso são fatores que estão ligados à hipersonia.

Ainda, foi descoberto que a relação entre o Índice de Massa Corporal e o estado de sonolência durante o dia independe de quanto a pessoa dormiu à noite.

Ou seja, quem é obeso pode sentir cansaço durante a jornada, mesmo tendo dormido as regulares oito horas na noite anterior.

Uma das explicações aventadas é a de que as células de gordura localizadas na cintura produzem compostos autoimunes chamados citocinas. São eles os responsáveis pelo estado de fadiga.

Além do peso, pessoas em depressão apresentaram o mesmo sintoma.

Por estarem sempre repassando mentalmente seus problemas, estas pessoas têm dificuldade em relaxar completamente, o que aumenta os seus níveis de cortisol, o hormônio do stress.

Ou seja, embora os mecanismos sejam diferentes, os resultados podem ser desastrosamente iguais.

Por este motivo, os tratamentos não podem ser os mesmos. E não vão ser horas a mais na cama, provocadas por medicamentos, que vão resolver a questão.

Quanto mais pessoas ficam obesas pou deprimidas, casos comuns na sociedade em que atualmente vivemos, mais o problema se alastra.

Saber identificar com precisão seus motivos é o primeiro passo para efetivar tratamentos.

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