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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Exemplos são bons e, relacionados a hábitos saudáveis, mais que bem-vindos. De olho na cultura alimentar dos povos, estudo revelou uma dieta mais equilibrada que a dos japoneses. Descubra o que tem no prato dos povos do Oeste da África.
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Quando ouvimos “alimentação” e “África” na mesma frase, logo entendemos que o assunto é a fome.
Embora tenha sido o berço da civilização, conhecemos muito pouco sobre o continente africano.
Por isso, sobram estereótipos que tentam homogeneizar centenas de culturas, línguas e costumes diferentes.
Dentre tudo que desconhecemos, faz falta entrar em contato com seus melhores exemplos.
Principalmente à mesa.
Segundo estudo feito pela Universidade de Cambridge, populações do Mali, Chade, Senegal e Serra Leoa comem de maneira mais saudável que no Japão, por exemplo.
Com o objetivo de organizar um ranking de onde se consome a melhor dieta no mundo, foram analisados os hábitos alimentares de 187 países no mundo.
Entre as descobertas estão uma boa e uma má notícia.
A primeira é a de que estamos consumindo mais frutas, vegetais, grãos integrais, peixe, leite, fibras e ácidos graxos poli-insaturados.
A segunda é que, pelo outro lado, nunca se comeu tanto junk food em toda a História.
Mas aquela notícia que ninguém esperava era o bom posicionamento no ranking dos 16 países do Oeste da África.
Aparentemente, o resultado se deve ao grande consumo de amido resistente.
O amido resistente é um tipo de carboidrato que não é digerido pelas enzimas gástricas, e chega quase intacto ao intestino grosso.
O resultado da passagem vagarosa é que ele retarda o esvaziamento gástrico, o que proporciona saciedade e nos faz comer menos.
Ele também é considerado um alimento prebiótico por manter saudável a flora intestinal, o que melhora nosso sistema imunológico.
O amido resistente vem de raízes, grãos e cereais como inhame, batata doce, mandioca, painço, milho e ervilha.
Por ser uma região tropical, é abundante também o consumo de frutas.
Destaca-se ainda o alto consumo de amendoim, fonte de proteinas (26%) e gorduras (47%), presente em vários pratos – como o frango picante com amendoim da foto acima.
E quase nada de carne vermelha, com mais uso do pescado.
O estudo foi publicado no site de divulgação científica The Lancet Global Health.
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