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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Imagine deixar de beijar um ano para curtir melhor da próxima vez. Ou deixar de comer um quindim, ou de navegar no Instagram. Buscando foco e produtividade, muitos encaram o jejum de dopamina. Mas, funciona?
Mesa para um – Restaurante serve pessoas sozinhas
Cumplicidade da boa forma – Casais que malham unidos permanecem unidos
Do acordar ao fechar os olhos, estamos sendo estimulados o tempo todo.
E nada mais nos surpreende.
Por isso, muitas pessoas estão adotando o “jejum de dopamina”.
A moda começou no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Nesta região estão sediadas grandes empresas de tecnologia daquele país.
A ideia é viver sem prazer.
Assim, coisas que são vistas como cotidianas, como comer, usar a internet ou encontrar a família, podem ser mais gratificantes.
Bastaria valorizar mais quando acontecerem.
Para isso, chega-se ao ponto de desligar os prazeres produzidos pelo cérebro.
Iniciados cortam a comida, o sexo, o contato com os pais.
Os mais extremos desconectam-se completamente.
E até evitam luz artificial por um dia inteiro ou mais, bebendo nada além de água.
Os fãs dizem que uma curta abstinência torna a vida mais interessante quando retomam a rotina.
Isso teria a capacidade de melhorar o humor, foco e produtividade.
Historicamente, o jejum de dopamina se baseia no “controle de estímulos”.
Esta abordagem é usada em psicologia para tratar adictos.
Apesar desta origem, a moda não tem base científica.
Certamente abster-se de comportamentos obsessivos tem efeito positivo na saúde.
Mas é pouco provável que benefícios percebidos tenham a ver com dopamina em si.
Não se pode “ligar e desligar” a produção do neurotransmissor como um interruptor.
Mesmo em um ambiente de baixo estímulo, ainda somos expostos à dopamina.
Sempre temos a capacidade de pensar, o que pode desencadear o fluxo do hormônio e os sentimentos associados.
Acontece de modo involuntário e o tal jejum não teria como interferir.
Entretanto, é possível sim trabalhar a resistência às tentações.
Para saber lidar melhor com o autocontrole – clique aqui.
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