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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Comer bem é um problema? A ciência revela que comidas mais saudáveis podem ser as mais contaminadas. Mas que o risco é baixo e os benefícios compensam – de sobra.
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Qualquer pessoa consideraria um almoço com atum, vegetais e arroz integral uma refeição saudável.
Afinal, estes alimentos são considerados saudáveis.
Mas, por isso mesmo, trazem também um enorme risco escondido.
O arroz integral é mais saudável por conta das fibras, vitaminas extras e ácidos graxos essenciais que contém.
Ainda, é menos provável que tenha sido exposto a pesticidas.
Mas estudos já confirmaram que o tipo tende a conter significativamente mais arsênico.
O arsênico, talvez o mais famoso dos venenos, é encontrado em muitos alimentos.
Mas pode ser mais concentrado no arroz.
E principalmente na casca, que é removida para produzir arroz branco, mas retida no arroz integral.
A longo prazo, o consumo excessivo de arsênico pode levar a tumores.
Não há risco para os adultos, mas para gestantes e crianças é preciso atenção.
A dica é reduzir o arsênico no arroz em até 80%, lavando-o e cozinhando-o em grandes quantidades de água.
Algumas variedades de peixes também podem conter quantidades significativas de mercúrio.
Especificamente o metilmercúrio, que pode ser tóxico para os seres humanos, especialmente gestantes e crianças.
Comer mais de duas latas por semana pode, teoricamente, colocar você em maior risco.
Mas é provável que a maioria das latas de atum não contenha a quantidade máxima permitida de mercúrio.
E são raros os relatos de intoxicação desta forma.
Neste caso vale a pena comer o peixe sem preocupação.
Pescados contribuem para menos riscos de diabetes tipo 2, pressão alta e aumento do colesterol.
Sabemos que cascas de frutas e legumes são uma importantes fonte de fibra.
Seu consumo ajuda a manter a saúde digestiva e controlar os níveis de glicose no sangue.
Essas camadas externas também tendem a conter mais vitamina C, minerais e outros compostos fenólicos.
Mas há também preocupação de que os pesticidas possam nelas se acumular.
Descascar frutas e legumes é a solução?
A verdade é que as quantidades reais de resíduos de pesticidas que podem ser encontradas em frutas e vegetais são limitadas.
A Organização Mundial da Saúde diz: “Nenhum dos pesticidas autorizados para uso em alimentos no comércio internacional hoje é genotóxico” (prejudicial ao DNA, que pode causar mutações ou câncer).
É improvável que alguém com um peso corporal saudável e dieta variada seja exposto a pesticidas suficientes para ultrapassar esse nível.
Lavar não é difícil e todos sabem que é necessário.
Por outro lado, as evidências dos benefícios de comer frutas e vegetais, incluindo as cascas, são esmagadoras.
Por isso, ainda parece melhor comer o máximo possível de alimentos vegetais.
E, sempre que possível e for gostoso, consumir suas cascas.
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