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Quando sonhamos, aparecemos em uma versão melhorada de nós mesmos. Segundo estudo feito na Alemanha, neste mundo o corpo é perfeito e gostamos da ilusão.
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A “você” que protagoniza seus sonhos é uma versão melhorada daquela que se levanta da cama.
Quando sonhamos vemos a nós mesmas com um corpo “perfeito”, uma imagem mental que não acompanha as mudanças físicas pelas quais passamos na “vida real”.
A descoberta foi feita por estudo da Universidade de Bonn (Alemanha).
A pesquisa ajuda a explicar por que as pessoas que nascem com paralisia ou surdez sonham com frequência com um corpo sem estas limitações.
E até por que, com recorrência, sonhamos que podemos voar e respirar debaixo d’água.
No estudo, os pesquisadores tentaram alterar o sonho de voluntários.
Quando acordados, os voluntários tiveram um de seus braços marcado com um ponto vermelho.
Eles tiveram que prestar atenção para o fato, antes de irem dormir.
Em teoria, se os sonhos representam nossa realidade, os participantes “veriam” seus braços marcados quando estivessem dormindo.
Não foi o que aconteceu.
Os voluntários com braços marcados não revelaram estar mais propensos a enxergar a si mesmos com os pontos vermelhos durante o sonho.
Segundo uma das autoras, a Dra. Judith Koppehele-Gossel, ” sabemos que de alguma forma temos um corpo em nossos sonhos”.
“Mas raramente vemos e sentimos esse corpo”.
Sonhar é um estado especial porque estamos, em algum nível, conscientes.
Temos experiências e respostas emocionais, mas essa consciência é limitada: há pouco senso de passado ou futuro, e normalmente pouco controle sobre as ações.
“Investigar nossa personificação nos sonhos é importante para aprender mais sobre os diferentes níveis de consciência”.
O estudo foi publicado no periódico científico Consciousness and Cognition.
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