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A temperatura normal do corpo humano mudou, e isso altera como tratamentos são planejados. Agora, nova pesquisa revela que o que conhecemos como pressão arterial normal também está errado.
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A pressão arterial “ideal” (120 milímetros de mercúrio para a pressão sistólica, o número maior na medição) que somos incentivados a alcançar e manter foi colocada em xeque por um estudo multiétnico de longa duração envolvendo adultos saudáveis.
Mas o limite máximo a ser observado é bem menor.
É o que revela um estudo do Centro Johns Hopkins Ciccarone de Prevenção de Doenças Cardiovasculares (Estados Unidos).
Ele revelou que, quando a pressão arterial sistólica passa dos 90 mm, o risco de danos às artérias coronárias aumenta na mesma proporção.
A pressão arterial sistólica é a pressão que ocorre nas artérias quando o coração bombeia sangue (em oposição à pressão arterial diastólica, o número mais baixo na medição, que é registrada quando o coração está em repouso).
As novas descobertas indicam a necessidade de analisar cuidadosamente a razão pela qual, apesar de melhoras consideráveis nos fatores de risco de doenças cardíacas ao longo das últimas décadas, essa continua sendo a maior causa de mortes nos Estados Unidos.
Em nosso país, 36 milhões de adultos brasileiros têm pressão alta.
O estudo acompanhou u1.457 homens e mulheres de meiaidade que, inicialmente, estavam livres de doença vascular aterosclerótica e de fatores de riscos conhecidos há 14,5 anos.
À medida que os participantes envelheciam, os fatores de risco de doença cardíaca aumentavam, assim como os depósitos de cálcio nas artérias coronárias e eventos cardiovasculares como ataques cardíacos e AVCs.
A equipe de pesquisa se concentrou no aumento da pressão arterial sistólica com o passar do tempo, levando em consideração mudanças em outros riscos ao coração.
E revelou que, para cada 10 mm de aumento na pressão sistólica, o risco de depósitos de cálcio e eventos cardiovasculares aumentava de acordo.
Comparadas a indivíduos com pressão sistólica entre 90 e 99 mm, pessoas com pressão entre 120 e 129 mm tinham 4,58 vezes mais chances de passar por algum evento cardiovascular.
Ainda assim, seria um erro se concentrar apenas em estratégias de prevenção contra a hipertensão.
Pessoas com pressão arterial elevada também têm mais chances de ter níveis altos de colesterol e glicose no sangue.
A estratégia ideal seria se concentrar em todos esses fatores de risco – os níveis de colesterol e açúcar no sangue e a pressão arterial.
Manter uma dieta saudável, fazer exercício, não fumar e consumir álcool apenas com moderação são atitudes que diminuem todos os fatores de risco de doença cardiovascular.
Os níveis de pressão arterial sistólica considerados saudáveis pelos médicos têm caído há cerca de meio século.
Em agosto de 1950, um estudo sugeriu que é arbitrário afirmar que uma pressão arterial sistólica de 140, 150, ou 160 mm é alta demais, “especialmente quando a idade está envolvida”.
Os autores sugeriram que aumentar os níveis aceitáveis de pressão sanguínea para pessoas com mais de 40 anos “resultaria em uma queda na incidência de hipertensão e, assim, diminuiria alguns dos receios generalizados e desnecessários em relação à pressão sanguínea”.
Foi somente nas décadas mais recentes que aceitamos o fato de que manter a pressão sanguínea mais baixa com o envelhecimento pode beneficiar o cérebro, os rins e o coração.
O estudo foi publicado no periódico científico JAMA Cardiology.
Para ajudar, podemos controlar a pressão alta pela alimentação – leia mais aqui.
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