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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Nos supermercados encontramos milhares de itens à disposição. Ao somarmos as ofertas online, muito mais. Mas estudo revela como a nossa dieta é incrivelmente monótona.
Reeducação alimentar – Conheça o cardápio que mudou a minha vida
Meu método – Tudo que aprendi sobre emagrecer e viver bem
Apenas dez produtos concentram quase metade do consumo alimentar no país.
A revelação de tão pouca imaginação vem de um estudo da Universidade Estadual de Campinas.
Com dados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018, o trabalho busca tornar clara a questão alimentar brasileira.
E nos revela um cenário nutricionalmente pouco criativo e muito pobre.
Em resumo, comemos muito carboidrato e pouca variedade de vitaminas.
Por exemplo, o gasto mensal nacional com o pão francês é quase o dobro do valor gasto com banana, laranja e maçã somados.
Carnes, vísceras e pescados, bebidas e infusões, leite e derivados e panificados respondem por 51,7% das despesas das famílias.
Mais especificamente, arroz, feijão, pão francês, carne bovina, frango, banana, leite, refrigerantes, cervejas e açúcar cristal.
A restrição de itens responde a uma preocupação econômica.
Esta lista representa cerca de 35% do gasto em alimentação do brasileiro médio.
“Isso é resultado de um padrão alimentar que faz com que o consumidor baseie suas preferências em conveniência, propaganda e preço”.
A análise é de um dos autores do estudo, professor Walter Belik.
“O custo de uma alimentação saudável muitas vezes é maior que o de uma comida calórica e pouco nutritiva”, justifica.
A manutenção do arroz, como carboidrato, e do feijão, como proteína vegetal, é algo já esperado para o cardápio do brasileiro.
Mas o que chama a atenção é a prevalência da cerveja, dos refrigerantes e do açúcar cristal.
Observa-se que falta diversidade de vegetais, legumes, variedade de frutas e alimentos ricos em fibra.
Muito pouca gente segue, se tanto, a recomendação de cinco frutas e vegetais ao dia – leia mais aqui.
As consequências são conhecidas.
Ao consumirmos mais alimentos ultraprocessados, reduzimos aqueles alimentos naturais.
E temos um maior risco do desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão.
O absurdo é evidente paradoxo.
Afinal, no país que abriga uma diversidade enorme de biomas, povos e culturas, dez produtos são responsáveis por praticamente metade do que comemos.
Em busca de uma melhor nutrição, esta monotonia do paladar deve ser combatida.
Conhecer novos temperos e culinárias de países diferentes pode ajudar.
De minha parte, contribuo compartilhando receitas que levam ingredientes diversos.
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