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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Chegou a hora de passarmos álcool gel em padrões e hábitos que não nos servem mais. Leia meu artigo, que foi publicado originalmente na revista Veja.
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Há algumas semanas acordamos num mundo diferente.
Um mundo que não dá garantias de que voltaremos a viver como antes.
A ansiedade relacionada aos pequenos dramas do cotidiano mudou de patamar.
O que parecia importante (viajar, trocar de carro) perdeu relevância, ao tempo que e o que era banal (andar na rua, abraçar amigos) se transformou num sonho distante.
Fomos todos “convidados” a ficar em casa, e o isolamento social é sempre um convite à reflexão.
A sensação inicial é de perda de liberdade.
Mas a quietude do corpo nos dá a oportunidade de explorarmos melhor os nossos sentimentos.
Saímos do piloto automático e passamos a repensar diversas áreas da vida.
Trabalhar, exercitar o corpo e levantar a autoestima permanecem como sendo necessidades fundamentais.
Já os apegos e as nossas relações afetivas passaram a ser objetos de questionamento constante.
Sinto que entraremos numa era de maior consciência sobre as nossas escolhas.
Como escritora e conselheira de bem-estar, sempre ouvi de minhas leitoras muitas queixas de seus companheiros, vistos como travas de seu processo de mudança.
Mulheres que viviam relacionamentos fragilizados, e que empurravam com a barriga qualquer possibilidade de reexaminarem seus casamentos.
Sempre defendi que um corpo em equilíbrio nunca foi feito apenas de dieta e exercícios; para ganhar saúde, é fundamental cuidarmos das nossas emoções.
E neste momento de recolhimento, vivemos um tempo muito propício para conhecermos nossa própria sombra.
Claro que manter o astral em alta também é fundamental.
Afinal, estamos todos perdendo muitas coisas, mas podemos também conquistar outras tantas.
Aos que tem a sorte de poder contar com um bom companheiro do lado – curtir um carinho, um aconchego – talvez seja hora de saborear aqueles prazeres mais sutis da nossa vida.
Lembrando sempre da sabedoria de Chaplin quando disse que “Um dia sem sorrir é um dia desperdiçado”.
Depois desta tormenta, quero acreditar que seremos uma versão melhorada de nós.
Uma versão menos ansiosa e talvez mais introspectiva.
Mas certamente em melhor condição de viver o presente em equilíbrio.
Este texto foi originalmente publicado na revista Veja.
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