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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Ainda é grande a rejeição aos alimentos transgênicos. A expectativa é que isso mude em breve, com a chegada da primeira safra das maçãs que não escurecem quando partidas. Você se deixaria seduzir?
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Embora haja quem busque fugir se sua presença, eles estão entre nós.
São os organismos geneticamente modificados (OGM).
Ainda que a questão seja a este ponto incontornável, aceitar sua existência não é fácil.
E consiste em uma questão ética, ecológica e de saúde.
A consciência de muitos não aceita manipulações no DNA de organismos vivos.
O fato é que a presença destes alimentos é cada vez mais comum em nossa dieta.
A aposta dos produtores é que esta resistência seja vencida com o tempo.
E este tempo parece ter chegado.
É nisso que acreditam os produtores da primeira maçã transgênica aprovada para o consumo.
Afinal, falta menos de um mês para que a Artic Apple chegue ao mercado.
Resultado de 20 anos de pesquisas, a fruta foi considerada segura pela FDA, o órgão fiscalizador americano.
E também pelas autoridades do Canadá, país onde é cultivada.
Mas o que esta maçã tem de diferente?
Ao contrário de qualquer outra, esta espécie foi geneticamente modificada para não escurecer depois de cortada.
Para isso, desativou o gene que produz polifenoloxidase, uma enzima que escurece a fruta quando exposta ao oxigênio.
O lançamento vem acompanhado de uma estratégia de marketing.
Até agora, os OGMs foram defendidos principalmente como uma maneira de proteger as colheitas e melhorar a produção agrícola.
Todo este argumento diz respeito a um mundo muito distante dos consumidores urbanos.
Assim, a Arctic Apple é o primeiro OGM a ser comercializado como um alimento de conveniência.
Desta forma, a fruta será vendidos em pedaços já cortados, em sacos de plástico de 300 gramas.
A ideia é seguir o sucesso das baby carrots, as minicenouras que até pouco nem existiam.
Além do aspecto visual, nutricionalmente falando, nada mais difere a nova espécie das demais.
Por conta disso, os argumentos de vendas deslocam-se para outras ênfases.
Como, por exemplo (e paradoxalmente), a ambiental.
Os produtores da nova maçã propagandeiam a redução do desperdício.
Estima-se que 40%, machucadas na manipulação até chegarem ao mercado, são jogadas fora.
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