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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Para superar uma Páscoa engasgada na História, é preciso mudar o modo de respirar. Leia meu artigo publicado na revista Veja.
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Com um ano de pandemia, o sentimento é estranho.
Chega a parecer que não se passou tanto tempo assim.
Já investiguei entre amigos e pessoas da família.
De modo geral, todos sentem que o momentum parece congelado.
E é como se, até hoje, estivéssemos suspensos na véspera da Páscoa de 2020.
De modo concreto, a Terra deu uma volta completa ao redor do sol e o calendário aponta, mais uma vez, para a mesma data.
Teríamos voltado, portanto, ao mesmo ponto da história.
Em um pensamento abstrato, seria esta uma nova chance para recolocar o turbilhão do relógio do deus Chronos no eixo.
Mas, que eixo seria este diante de um novo mundo que ninguém encomendou?
Estando a falar de Páscoa, impossível não lembrar de coelhos.
Me refiro a um, especificamente.
Afinal, pense bem: perde o sentido o Coelho Branco que passa diante de Alice, declarando-se terrivelmente atrasado ao correr para o País das Maravilhas?
Ora, permanentemente conectados às redes wi-fi ou ao 4G, ninguém mais se atrasa.
Com um ano de isolamento, garantimos nunca estar sem sinal.
E, equipados com smartphones, tablets ou smartwatches, já nos acostumamos a cumprir compromissos sem sair de casa.
Pela internet, apontamentos como aulas, reuniões e até consultas têm hora exata para começar.
E tamanha acessibilidade não permite que nenhum dos participantes chegue após o início marcado.
Com isso, foram-se os acasos que proporcionaram muitas histórias e encontros.
O imprevisto de ceder o lugar, esperar o próximo elevador e neste intervalo conhecer uma pessoa foi transferido para um aplicativo de encontros.
Por outro lado, já temos a “fadiga de Zoom”.
Principal forma de interação em tempos de pandemia, chamadas em vídeo por serviços como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams têm demandas específicas para o cérebro, o que leva muita gente a sentir cansaço extremo, dores de cabeça, depressão e crises de ansiedade.
A verdade é que permanecer correndo nesta espécie de esteira ergométrica da História sufoca.
Mas isso é de hoje, ou reflexo de uma respiração que há muito tempo não está correta?
Seres humanos, ao contrário de coelhos, somos os piores respiradores do reino animal.
E respirar mal cobra um preço alto, ao nos expor a uma série de doenças, algumas delas graves.
Esse é o tema de “Respire”, livro do jornalista James Nestor.
Calcado em boa ciência, a obra ensina que 90% das pessoas respira incorretamente, pela boca em vez de pelo nariz.
O que pode parecer trivial, repetido 25 mil vezes por dia, faz toda a diferença.
E como um pequeno ajuste na forma de expirar e inspirar faz diferença.
Contra o pânico tão característico de nossos tempos, respirar fundo e devagar faz aumentar o dióxido de carbono no organismo, o que acalma.
Respirar bem pode mais, como rejuvenescer órgãos, deter o ronco e até endireitar a coluna.
Este último item se torna especialmente valioso, tendo em vista mais aquela reunião que está para começar em algum lugar.
Portanto, respire fundo e corretamente para manter a calma e cumprir a tarefa, coelho!
Publicado originalmente na revista Veja.
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