Terra, um desafio grandioso

Para salvar o bioma, é preciso buscar respostas na ciência e na conscientização. Leia a coluna de Luiz Carlos Trabuco Cappi publicada no Estadão. Leia mais: Ponto de partida –…

Tempo de leitura: 5 min.

Para salvar o bioma, é preciso buscar respostas na ciência e na conscientização. Leia a coluna de Luiz Carlos Trabuco Cappi publicada no Estadão.

Leia mais:

Ponto de partida – Desafios econômicos que devemos enfrentar
A distopia do novo anormal – Como será a vida pós-pandemia?

Em sintonia com os debates e decisões a serem adotadas a partir da semana que vem, na COP-26, em Glasgow, o Fundo Monetário Internacional (FMI) produziu um relatório sobre o aquecimento global e suas consequências.

Numa frase, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, resumiu a proposta da instituição: “A chave é colocar um preço para o carbono”.

A importância do relatório está em sua origem.

O FMI foi conhecido em décadas passadas como uma entidade técnica voltada a resolver dificuldades financeiras dos países membros.

Sinal dos tempos, é agora um órgão cada vez mais dedicado a refletir sobre cenários econômicos e os impactos de temas atuais como os múltiplos riscos para a economia com eventos como a pandemia da Covid-19, suas variantes, e as mudanças climáticas.

O aquecimento global, o efeito estufa e os desastres naturais são fatos que afetam a expectativa de crescimento do PIB, do lucro, da dívida e do preço dos ativos de todos os países.

Além de acentuar as desigualdades sociais.

O documento do Fundo aponta e critica o custo social do uso dos combustíveis fósseis.

O consumo de petróleo é maior nos países e famílias de rendas mais altas e os custos sociais são maiores para os mais pobres.

Em todos os países, há um risco evidente às gerações futuras.

O texto argumenta que se está subsidiando os primeiros e impondo danos aos mais vulneráveis.

A cobrança correta desses custos reduziria o consumo e, consequentemente, as emissões de carbono em 32% em relação aos níveis de 2018.

A COP-26 renovará as esperanças.

Pela repercussão e o nível dos debates científicos, além do anúncio de uma agenda concreta, o evento estabelece referências e parâmetros.

A 26.a reunião do grupo contará com 197 países.

O objetivo é transformar o mundo com base na economia verde, saudável e resiliente.

Em formato híbrido, presencial e a distância, as sessões terão seis eixos: natureza, cadeias alimentares, infraestrutura sustentável, energia limpa, cidades e reduções da poluição.

Para a humanidade, que está superando a crise sanitária da Covid-19, conter o aquecimento global é um desafio grandioso.

É preciso buscar respostas na ciência, no conhecimento e na conscientização.

O foco de todo o esforço são pessoas e famílias.

Elas é que sofrem os efeitos das mudanças climáticas, na forma de desemprego, da inflação e da fome.

Salvar o bioma é salvar as pessoas.

Publicado originalmente em O Estado de S. Paulo.

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