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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Nunca estivemos tão conectados. Mas artigo do The New York Times alinha consenso entre cientistas que afirmam estarmos vivendo uma epidemia de solidão.
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Mesmo que acompanhar as redes sociais nos deem a impressão de que estamos próximas das pessoas, não estamos.
Afinal, nada substitui o contato pessoal e físico entre amigos, familiares, colegas de trabalho e estudo – e até de desconhecidos.
Não são poucos os estudos que já relacionaram a solidão com doenças do corpo e da mente.
Para muitos especialistas, como causadora de mortalidade precoce, a solidão eclipsa a obesidade.
Como revela a pesquisa feita pelo professor John Cacioppo, a solidão afeta funções corporais importantes, em parte, pela superestimulação da resposta do corpo ao estresse.
O professor é diretor do Centro de Neurociência Social e Cognitiva da Universidade de Chicago (Estados Unidos).
Ele também é autor do livro Loneliness: Human Nature and the Need for Social Connection (“Solidão: a natureza humana e a necessidade de conexão social”, ainda não lançado no Brasil).
Como seu trabalho revela, a solidão crônica está associada maiores níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Bem como a uma maior resistência vascular, o que pode aumentar a pressão arterial e reduzir o fluxo sanguíneo que irriga órgãos vitais.
E não para por aí.
A solidão também afeta as células brancas do sangue, o que prejudica a capacidade do sistema imunológico de combater infecções.
O problema é grave há muito tempo.
Mas foi somente nos últimos anos que a solidão tem sido examinada no ponto de vista médico, psicológico e sociológico.
Já não era sem tempo.
Na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, cerca de uma em cada três pessoas com mais de 65 vive sozinha.
Nos Estados Unidos, metade das pessoas com idade superior a 85 anos encontram-se nesta condição.
Isso mostra como a solidão é um problema maior do que simplesmente uma experiência emocional.
Até pouco tempo, os motivos que a causam eram bem vistos, e até ansiados, como sinais claros de progresso das sociedades.
Mas, como efeito colateral dos avanços conquistados, a longevidade e o modo de vida moderno estão reduzindo a quantidade e a qualidade das relações sociais.
Reverter os danos é uma questão complexa.
Mas não há dúvidas de que podemos fazer a nossa parte.
Experimente entregar mensagens ao vivo, abraçar as pessoas queridas que só vemos nas timelines das redes sociais.
Sugiro que você saia agora da frente da TV e dos gadgets e aperte outros botões, como a campainha da casa de seus amigos.
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