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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
A trajetória da mulher brasileira é extraordinária, mas nunca foi um percurso fácil e segue extremamente desafiador. Leia a coluna de Luiz Carlos Trabuco Cappi publicada no Estadão.
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Desde o documento “Who Cares Wins” (Quem se importa vence), elaborado pelo Banco Mundial para o Pacto Global da ONU, a sigla ESG (Environmental, Social e Governance) está no centro dos debates do mundo empresarial.
Os compromissos genuínos com responsabilidade ambiental, social e de governança tornaram-se fundamentais nas decisões de investimento de gestores globais e das grandes empresas.
Não seria exagero acreditar que os valores ESG são agora parte de uma nova métrica de risco, pois são robustos e podem ser o vetor de transformação do mundo.
Destaca-se, entre eles, a presença da mulher em todos os campos de atividade, ou seja, no trabalho, na política, na ciência, no esporte, em todas as direções.
É um direito que não veio sem luta.
Foram espaços conquistados na busca de respeito, liberdade, igualdade de direitos e acessibilidade.
A trajetória da mulher brasileira é extraordinária, mas nunca foi um percurso fácil e segue extremamente desafiador.
São evidentes os avanços, no entanto ainda é preciso que reflita um estado de plena equidade, principalmente nos espaços profissionais.
A emancipação da mulher foi, e continua a ser, escrita com suor e lágrimas.
As múltiplas dimensões do universo feminino explicam o êxito em campos tão distintos.
Esse padrão conferiu a elas capacidade de organização, disciplina, noção de tempo, criatividade e combatividade.
O Fórum Econômico Mundial (WEF) pesquisa desde 2006 a relação de homens e mulheres na economia, na política, na educação e na saúde.
A análise do WEF constatou o forte impacto da pandemia na população feminina, principalmente porque elas formam a maioria da força de trabalho nos setores mais afetados, como turismo, cuidados pessoais e educação.
As mulheres apresentam maior escolaridade em relação aos homens; seus salários, porém, são menores.
No Brasil, segundo o IBGE, a média salarial dos homens é 28% superior à das mulheres.
Os homens ocupam 62,6% dos cargos gerenciais nas empresas.
As mulheres, 37,4%.
O assédio sexista no ambiente de trabalho continua dramático em todo o mundo.
Segundo a OIT, nada menos do que 52% das trabalhadoras já foram vítimas de algum tipo de ameaça sexual ou moral.
E, apesar da melhor preparação, muitas vezes a mulher sofre daquilo que os especialistas chamam de síndrome da impostora.
Pesquisa global da HP apontou que a maioria das mulheres subestima sua capacidade ao se qualificar para uma vaga, o que pode ser explicado por séculos de discriminação.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) dedicou à questão da mulher no mercado de trabalho seu mais recente congresso, em setembro.
Trata-se de uma evidência de como a mulher pode ter mais conexão na carreira.
Participei na mentoria do evento, e são definitivos a qualidade e o talento das mulheres participantes.
Neste momento, o IBGC faz circular a sua Carta ao Mercado, na qual convida os empresários a refletir sobre os ganhos que as companhias podem obter com mulheres em seus conselhos.
Há muito a se fazer, e é imprescindível mais engajamento das empresas.
Além de direito moral, a participação incisiva da mulher em todos os níveis de gestão conecta as empresas com fatores de inovação.
A história da evolução da humanidade contempla avanços de conhecimento sempre que se orienta pelo pluralismo de ideias, gênero e etnias.
O ESG eleva esse conceito a outro patamar, ao trazer um novo modelo de risco a empresas e investidores globais.
É uma jornada sem volta, pois, quando as instituições harmonizam interesses individuais e coletivos, garante-se previsibilidade sobre o futuro, além de legados para as futuras gerações.
*Neste Outubro Rosa, data afirmativa que desperta atenção e mobilização em todo o mundo, esperamos que cada vez mais pessoas participem do trabalho de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, e que as mulheres tenham amplo acesso a diagnóstico e tratamento.
Publicado originalmente em O Estado de S. Paulo.
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