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Amnésia alcoólica? O risco é lembrar de tudo que fez (de errado) na balada. Estudo europeu revela como um drink, quem diria, pode até melhorar a memória.
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A manhã seguinte a uma noitada pode vir com uma abençoada amnésia.
Ou bem o contrário.
Segundo um novo estudo, em algumas ocasiões o álcool pode ter um efeito benéfico na memória.
A pesquisa foi feita Crime Survey for England and Wales.
Esta organização analisa estatísticas sobre crimes na Inglaterra e País de Gales.
Dados apontam que, no Reino Unido, 70% dos incidentes violentos ocorridos entre 2013-14 foram relacionados ao consumo de álcool.
93% deles ocorreram em pubs, bares e clubes onde o álcool é vendido.
Por isso, é provável que muitas testemunhas e vítimas estavam com a consciência alterada quando testemunharam um crime.
Mas seriam as testemunhas embriagadas menos confiáveis que as sóbrias?
O estudo mostrou que, se o álcool for consumido depois de testemunhar um crime, a bebida pode proteger a memória de informações enganosas.
Para chegar a esta conclusão, foi feito um teste com 83 voluntários.
Todos assistiram a um vídeo de um roubo, onde um casal rouba jóias, dinheiro e um laptop de uma casa.
Depois de assistir ao vídeo, os participantes foram divididos em três grupos.
Os membros do primeiro grupo receberam álcool e estavam cientes de que tinham recebido.
O segundo grupo foi informado que beberia cerveja sem álcool, mas na verdade consumiram a versão tradicional.
A expectativa era garantir que seria o efeito do álcool em si, e não as expectativas sobre isso, que causariam qualquer efeito.
O terceiro grupo não recebeu álcool e sabia que eles não estava recebendo.
Em nenhum caso foi ultrapassado o limite de 80 mg de álcool por 100 ml de sangue.
Em seguida, os participantes foram postos e contato com algumas informações falsas sobre o vídeo do crime.
Por exemplo, sugeriu-se que o macacão da vítima era verde, em vez de azul.
E que o cabelo do ladrão era castanho, e não preto.
No dia seguinte, todos retornaram ao laboratório.
Definitivamente sóbrios, sua memória sobre o crime foi testada.
Ainda que pesquisas anteriores tenham apontado que o álcool prejudica a memória e torna as pessoas sugestionáveis, o resultado foi curioso.
O estudo descobriu que aqueles que não beberam álcool foram mais propensos a se lembrar de informações falsas.
Ainda que soubessem se consumiram álcool ou não.
O motivo?
Os pesquisadores acreditam que o álcool bloqueia a entrada de novas informações, incluindo a desinformação.
Por isso, é menos provável que tenha um impacto negativo sobre o que foi testemunhado.
Mais estudos são necessários, para determinar se o mesmo acontece com outras quantidades de álcool.
Mas é interessante ver como podemos nos enganar, dupla ou triplamente.
Tudo depende do tamanho da dose.
Como ninguém planeja envolver-se em um crime, é melhor manter a moderação.
O estudo foi publicado no periódico científico Psycopharmacology.
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